Comprar fora cá dentro
ç O plantel do Porto está a ser retocado cirurgicamente com alguma lógica.
Um dos problemas que o Porto tem apresentado nas últimas épocas é o da finalização. O Porto joga vezes sem conta em ataque continuado, cria diversas oportunidades, remata pouco à baliza (no alvo mesmo) e finaliza ainda menos, para o que consegue criar.
Taremi vem dar sem dúvida mais finalização a um ataque que sofria para marcar. Vem dar poder de choque e sobretudo uma referência na área.
Para o lado esquerdo da defesa, chega Zaidu. Um lateral de qualidade e com provas dadas, pronto para substituir Alex Telles caso este seja vendido.
Carraça reforça o lado direito da defesa (com polivalência para mais posições) e Cláudio Ramos a baliza dos Dragões, vindos ambos a custo zero.
O Porto garante os 4 jogadores privilegiando o reforço da defesa e traz golo para a frente de ataque. Tudo isto por ‘meio RdT’, uma vez que deve gastar cerca de 10 M€ no total.
Se hoje fosse 6 de outubro (dia de fecho do mercado), eu diria que o plantel do Porto estaria praticamente fechado.
Mas as vendas que o Porto fará neste próximo mês podem trazer mais algumas novidades ao Dragão.
O Porto tem daqui a 17 dias um teste difícil na receção ao Braga e passadas 3 jornadas irá a Alvalade. Conceição tem o Olival cheio de jogadores sedentos de mais títulos, como os próprios afirmam.
Este Porto não vai defender o título , vai atacar já o próximo. Este é o verão possível, as contratações necessárias para a atual capacidade financeira.
A SAD faz um esforço financeiro apreciável ao comprar ainda sem vender e Sérgio Conceição tem hoje mais garantias de sucesso em sectores que pediam alternativas.
O Benfica de Jesus gasta aos sacos de 20 M€ em jogadores que ainda estão para provar o que valem na Liga nacional. A fatura continua a aumentar. Jesus nunca foi barato.
O Porto comprou fora cá dentro e inverteu e bem o que tem feito nas épocas anteriores. Comprou a preços muito razoáveis jogadores que conhece, que estatisticamente não mentem e que sabem bem os terrenos que pisam. A abordagem ao mercado tem sido séria e sem desperdícios.
A SAD está bem neste plano, percebendo-se os objetivos que pretende. As compras não são feitas a granel, nem o dinheiro investido em resmas de jogadores sul-americanos.
Para já estou a gostar do que vejo e aplaudo de pé o trabalho neste sector.