Mudança imprescindível
O regime jurídico das federações desportivas começa finalmente a despertar a atenção de alguns parceiros do desporto, nomeadamente as federações, que recomendam a sua mais que necessária, eu diria mesmo imprescindível, alteração. Não faz sentido que os clubes profissionais de futebol se autor regulem sem ter a intervenção dos seus parceiros, nomeadamente os seus profissionais, e até pasme-se a própria federação. Sabemos que o intuito do legislador, na altura, era não permitir o poder absoluto das associações distritais, como acontecia nas assembleias gerais da FPF com os famosos ‘xitos’. Passados estes tempos, assiste-se exatamente à mesma situação, só que desta feita o ‘xito’ é promovido pelos clubes, que através da referida lei lhe atribui competência técnica, administrativa e financeira, na regulação das provas profissionais.
Não é normal, nem se passa em mais algum segmento da sociedade portuguesa, tamanha desproporcionalidade entre dirigentes e dirigidos, e como anteriormente foi salientado, em desabono duma convivência fraterna e respeitosa para com todos aqueles que publicamente respondem pelo futebol. Algumas iniciativas estão a ser tomadas com as quais nos congratulámos, no respeito pelas convergências, e sem preconceitos pelas divergências.
Estamos na retoma das Seleções Nacionais e aproveitamos para desejar as maiores felicidades à Seleção de futebol de praia, à Seleção de sub-21 e à Seleção Nacional A esperando e desejando que tenham prestações de acordo com os seus pergaminhos, alcançados ao longo dos anos e inteiramente merecidos. Ser humilde significa exatamente ter consciência das nossas dificuldades, mas também do nosso valor.
Nesta situação de pandemia, vamos ver o que esta nos reserva, mas tenhamos a consciência de que mesmo o relógio que não funciona pelo menos duas vezes por dia está certo.