Record (Portugal)

“Surpreendi­do com o nível físico”

A exibição foi “boa”, mas na opinião do selecionad­or não “há jogos perfeitos” e “há sempre coisas a melhorar”, até porque o objetivo é continuar a acrescenta­r títulos ao currículo. Elogiou jogadores, sobretudo pela inteligênc­ia

- JOSÉ MIGUEL MACHADO

ç Depois de uma exibição destas, o que há a melhorar?

– Há sempre muita coisa a melhorar. Foi um bom jogo da nossa parte, com qualidade, mas nunca há jogos perfeitos. Queremos ser sempre melhores, porque vamos defrontar adversário­s sempre difíceis. Temos de melhorar para poder manter o nível que nos levou a conquistar dois títulos nos últimos anos. É isso que queremos continuar a fazer. Foi uma exibição bem conseguida, a equipa demonstrou-me que seria assim durante a semana. Estiveram muitos meses longe, desligaram, como é normal, mas uma das coisas que é fundamenta­l nesta equipa é o prazer que todos têm de estar aqui. Sabia que íamos fazer um bom jogo. Percebe-se isso pelo prazer que eles colocam em cada treino. Surpreende­u-me pela positiva a forma como a equipa esteve fisicament­e. Mas isso também aconteceu porque foram inteligent­es a dosear o jogo, no processo ofensivo, defensivo, a recuperar nos momentos certos, sempre muito compactos. Perante um grande adversário. Quem obrigou a jogar mal a Croácia foi Portugal, nunca lhe demos oportunida­de de pegar no jogo. Sempre muito bem organizado­s e criativos com bola. Podíamos ter saído com um resultado diferente para o intervalo. Na 2ª parte não foi um jogo tão mandão mas foi bem controlado e sabia que, com aquela qualidade e fluidez de jogo, podíamos resolver. As coisas resultaram bem.

– Sem Cristiano, esperava uma diferença assim tão grande entre as equipas?

– A equipa tem jogado sempre bem, com e sem o Cristiano. Na última Liga das Nações ele não esteve de início e depois, na fase final, esteve brilhante. É o melhor do Mundo. Acho que a equipa vai mudando a maneira de jogar e a forma de atuar e todos os jogadores dão garantias.

– A opção por Danilo Pereira também teve a ver com a influência no jogo aéreo?

– Podia perfeitame­nte ter jogado o Rúben. Não tendo o Ronaldo, a mobilidade ofensiva manteve-se. Mesmo quando joga, ele não joga fixo. Quando vemos que o adversário tem capacidade no espaço aéreo, tomamos decisões. Felizmente, a minha decisão não é entre um jogador bom e um assim-assim. A decisão é sempre entre dois grandes jogadores e posso optar mediante o adversário ou as limitações em cada momento. Tenho grandes jogadores para todas as posições.

*

“FOI UMA EXIBIÇÃO MUITO CONSEGUIDA, DENTRO DAQUILO QUE TÍNHAMOS PREPARADO E DENTRO DO PADRÃO HABITUAL”

“DURANTE A SEMANA ERA NECESSÁRIO LEMBRAR ALGUMAS COISAS, A DEFENDER E A ATACAR, E OS JOGADORES DERAM-ME INDICAÇÕES DE QUE ERAM CAPAZES DE FAZER UM BOM JOGO PERANTE UMA CROÁCIA MUITO DIFÍCIL”

“OS JOGADORES SURPREENDE­RAM-ME UM POUCO NO ASPETO FÍSICO, MAS FOI POR SERMOS MUITO COMPACTOS. TAMBÉM AÍ MOSTRARAM INTELIGÊNC­IA”

“ELES [FÉLIX, JOTA E TRINCÃO ] SABEM QUE PODIAM CÁ ESTAR OUTROS, MAS ESTÃO CÁ ELES PELA QUALIDADE QUE TÊM. NÃO OS TRAGO POR ACASO, TRAGO PORQUE TÊM QUALIDADE PARA ESTAR AQUI”

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal