“Surpreendido com o nível físico”
A exibição foi “boa”, mas na opinião do selecionador não “há jogos perfeitos” e “há sempre coisas a melhorar”, até porque o objetivo é continuar a acrescentar títulos ao currículo. Elogiou jogadores, sobretudo pela inteligência
ç Depois de uma exibição destas, o que há a melhorar?
– Há sempre muita coisa a melhorar. Foi um bom jogo da nossa parte, com qualidade, mas nunca há jogos perfeitos. Queremos ser sempre melhores, porque vamos defrontar adversários sempre difíceis. Temos de melhorar para poder manter o nível que nos levou a conquistar dois títulos nos últimos anos. É isso que queremos continuar a fazer. Foi uma exibição bem conseguida, a equipa demonstrou-me que seria assim durante a semana. Estiveram muitos meses longe, desligaram, como é normal, mas uma das coisas que é fundamental nesta equipa é o prazer que todos têm de estar aqui. Sabia que íamos fazer um bom jogo. Percebe-se isso pelo prazer que eles colocam em cada treino. Surpreendeu-me pela positiva a forma como a equipa esteve fisicamente. Mas isso também aconteceu porque foram inteligentes a dosear o jogo, no processo ofensivo, defensivo, a recuperar nos momentos certos, sempre muito compactos. Perante um grande adversário. Quem obrigou a jogar mal a Croácia foi Portugal, nunca lhe demos oportunidade de pegar no jogo. Sempre muito bem organizados e criativos com bola. Podíamos ter saído com um resultado diferente para o intervalo. Na 2ª parte não foi um jogo tão mandão mas foi bem controlado e sabia que, com aquela qualidade e fluidez de jogo, podíamos resolver. As coisas resultaram bem.
– Sem Cristiano, esperava uma diferença assim tão grande entre as equipas?
– A equipa tem jogado sempre bem, com e sem o Cristiano. Na última Liga das Nações ele não esteve de início e depois, na fase final, esteve brilhante. É o melhor do Mundo. Acho que a equipa vai mudando a maneira de jogar e a forma de atuar e todos os jogadores dão garantias.
– A opção por Danilo Pereira também teve a ver com a influência no jogo aéreo?
– Podia perfeitamente ter jogado o Rúben. Não tendo o Ronaldo, a mobilidade ofensiva manteve-se. Mesmo quando joga, ele não joga fixo. Quando vemos que o adversário tem capacidade no espaço aéreo, tomamos decisões. Felizmente, a minha decisão não é entre um jogador bom e um assim-assim. A decisão é sempre entre dois grandes jogadores e posso optar mediante o adversário ou as limitações em cada momento. Tenho grandes jogadores para todas as posições.
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“FOI UMA EXIBIÇÃO MUITO CONSEGUIDA, DENTRO DAQUILO QUE TÍNHAMOS PREPARADO E DENTRO DO PADRÃO HABITUAL”
“DURANTE A SEMANA ERA NECESSÁRIO LEMBRAR ALGUMAS COISAS, A DEFENDER E A ATACAR, E OS JOGADORES DERAM-ME INDICAÇÕES DE QUE ERAM CAPAZES DE FAZER UM BOM JOGO PERANTE UMA CROÁCIA MUITO DIFÍCIL”
“OS JOGADORES SURPREENDERAM-ME UM POUCO NO ASPETO FÍSICO, MAS FOI POR SERMOS MUITO COMPACTOS. TAMBÉM AÍ MOSTRARAM INTELIGÊNCIA”
“ELES [FÉLIX, JOTA E TRINCÃO ] SABEM QUE PODIAM CÁ ESTAR OUTROS, MAS ESTÃO CÁ ELES PELA QUALIDADE QUE TÊM. NÃO OS TRAGO POR ACASO, TRAGO PORQUE TÊM QUALIDADE PARA ESTAR AQUI”