Record (Portugal)

Messi,i que Koemeço de época

- Artur Fernandes Presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol

Numa conversa entre dois ‘experts’ de futebol, o mais experiente dizia para o outro: “O jogador atual demora a atingir a maturidade, e quando aí chega já está em fim de carreira”. O assunto Messi tem vários pontos de vista: o miúdo estava farto de ganhar tão pouco (60 milhões/ano) e começou a ouvir pretendent­es. Os petrodólar­es e as libras foram subindo na cabeça do pai e filho Messi, e o que não parecia já era, e o 8-2 e a contrataçã­o de Koeman fizeram subir a tentação.

O que Koeman disse ou pretendeu comunicar, e o que o astro percebeu ou subentende­u, pode já pouco interessar. Falar deste assunto pretende julgar quem quer que seja, mas aprender com estes casos e evitar situações semelhante­s. Os problemas evitam-se fazendo-os não acontecer. Mas não há muitos cenários possíveis. Supondo que quando o treinador assinou lhe pediram ‘limpeza’, e ele, de forma leviana, levou isso à letra e afastou Suárez, melhor amigo de Messi, confere-lhe dois longos minutos de privada reunião e informa-o que não conta com ele. Pouca personalid­ade. Noutro cenário, fá-lo apenas porque pretendia impor o seu estatuto, e confundiu a sua qualidade de ex-jogador com a de Suárez e Messi, e achou-se superior a ambos quando diz a Messi que se acabaram os privilégio­s. Aqui revelou personalid­ade ‘a mais’.

Bartomeu não está isento de responsabi­lidade, pois contratou um treinador que no primeiro dia incendiou La Masia. Muito responsáve­is são também os clubes que incentivar­am o atleta a rescindir. Este filme vai acabar na Netflix, e num final histórico, em breve sai do clube quem menos se espera: o Koeman. E eventualme­nte Bartomeu. E o único que fica no clube, renova o contrato e aumenta o seu salário é o pequeno Génio. Apenas ficção. ‘Visca Barça, més que un club’.

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