Messi,i que Koemeço de época
Numa conversa entre dois ‘experts’ de futebol, o mais experiente dizia para o outro: “O jogador atual demora a atingir a maturidade, e quando aí chega já está em fim de carreira”. O assunto Messi tem vários pontos de vista: o miúdo estava farto de ganhar tão pouco (60 milhões/ano) e começou a ouvir pretendentes. Os petrodólares e as libras foram subindo na cabeça do pai e filho Messi, e o que não parecia já era, e o 8-2 e a contratação de Koeman fizeram subir a tentação.
O que Koeman disse ou pretendeu comunicar, e o que o astro percebeu ou subentendeu, pode já pouco interessar. Falar deste assunto pretende julgar quem quer que seja, mas aprender com estes casos e evitar situações semelhantes. Os problemas evitam-se fazendo-os não acontecer. Mas não há muitos cenários possíveis. Supondo que quando o treinador assinou lhe pediram ‘limpeza’, e ele, de forma leviana, levou isso à letra e afastou Suárez, melhor amigo de Messi, confere-lhe dois longos minutos de privada reunião e informa-o que não conta com ele. Pouca personalidade. Noutro cenário, fá-lo apenas porque pretendia impor o seu estatuto, e confundiu a sua qualidade de ex-jogador com a de Suárez e Messi, e achou-se superior a ambos quando diz a Messi que se acabaram os privilégios. Aqui revelou personalidade ‘a mais’.
Bartomeu não está isento de responsabilidade, pois contratou um treinador que no primeiro dia incendiou La Masia. Muito responsáveis são também os clubes que incentivaram o atleta a rescindir. Este filme vai acabar na Netflix, e num final histórico, em breve sai do clube quem menos se espera: o Koeman. E eventualmente Bartomeu. E o único que fica no clube, renova o contrato e aumenta o seu salário é o pequeno Génio. Apenas ficção. ‘Visca Barça, més que un club’.