Record (Portugal)

Como é que me chamo?

os 10 mais CRAQUES QUE MUDARAM DE NOME

- JOÃO SEIXAS

Aproveitam­os a icónica frase proferida por Ali quando ‘rebentou’ Ernie Terrel para relembrar quem se ‘fartou’ do nome original

Já todos pensámos, uma ou outra vez ao longo da vida, como seria se tivéssemos outro nome. De resto, há mesmo quem avance para esse processo e decida alterar aquilo que temos de mais íntimo e identitári­o. E no universo do desporto há vários exemplos. Relembramo­s hoje alguns craques do desporto mundial que, por uma ou outra razão, decidiram trocar o nome original por outro mais apelativo. Existem motivações religiosas, comerciais e até, no caso de Caitlyn Jenner, uma mediática troca de sexo.

De entre o vasto lote de figuras do desporto que tomou esta decisão, o destaque não poderia ir para outra figura. Como vimos nas páginas centrais deste Record Mais, o lendário Cassius Clay converteu-se ao Islão e definiu que não voltaria a ‘envergar’ o nome que os progenitor­es lhe tinham entregado à nascença. Passou a ser Muhammad Ali e tornou este nome um dos mais emblemátic­os de sempre no desporto e também na história dos Estados Unidos.

De resto, ficou célebre o momento em que, num combate contra Ernie Terrel, que o tinha provocado antes do duelo apelidando-o de Cassius, decidiu massacrar o adversário enquanto gritava: ‘Como é que eu me chamo?’

2 Sugar Ray Robinson Walker Smith Jr.

Nascimento: Georgia, Estados Unidos, 3/5/1921 (morreu a 12/4/1989, com 67 anos) PRINCIPAIS TÍTULOS: campeão mundial de peso meio-médio entre 1946 e 1951; e de peso médio em 1952

É figura do boxe norte-americano e com um registo de 173 vitórias (109 por KO), 19 derrotas e 8 empates. Aos 15 anos quis participar num torneio que só aceitava maiores de 18 anos e utilizou a identifica­ção do amigo Ray Robinson. Como uma rapariga no público o galanteou, dizendo que era doce como açúcar, adotou o ‘Sugar’.

1 Muhammad Ali Cassius Clay

3 Kareem Abdul-Jabbar Lew Alcindor

Nascimento: Manhattan, Estados Unidos, 1/4/1947, 73 anos PRINCIPAIS TÍTULOS: 6 títulos da NBA (um pelos Milwaukee Bucks e cinco pelos LA Lakers); 6 troféus de MVP da fase regular; 19 presenças no All-Star Game

É uma das maiores figuras da história da NBA, fruto dos sucessos alcançados entre 1975 e 1989 ao serviço dos Los Angeles Lakers. No verão de 1968, meses antes de ser recrutado no ‘draft’ pelos Bucks, onde esteve até seguir para LA, converteu-se ao Islão e adotou o novo nome, que apenas revelou publicamen­te em 1971.

4 Metta World Peace Ron Artest

Nascimento: Queens, Estados Unidos, 13/11/1979, 40 anos PRINCIPAIS PR TÍTULOS: Campeão da NBA em 2010, pelos Los Angeles ge Lakers; ‘All-Star’ da NBA em 2004, quando alinhava ao serviço se dos Indiana Pacers

Foi um dos mais irreverent­es jogadores da NBA, onde represento­u Bulls, Pacers, Kings, Rockets, Lakers e Knicks. De resto, foi protagonis­ta do mítico ‘Malice at the Palace’, batalha campal entre Pistons e Pacers. Em 2011, para limpar a imagem, apostou no nome Metta World Peace. Não ficou satisfeito e já em 2020 trocou para Metta Sandiford-Artest.

5 Tariq Abdul Abdul-Wahad Wahad Olivier Saint-Jean

Nascimento: Maisons-Alfort (Val-de-Marne), França, 3/11/1974, 45 anos PRINCIPAIS TÍTULOS: Campeão europeu de sub-18 em 1992, na Hungria

Em 1997, quando se juntou aos Sacramento Kings no ‘draft’ da NBA como 11.ª escolha, converteu-se ao Islão e mudou de nome. Além dos Kings, passou ainda por Orlando Magic, Denver Nuggets e Dallas Mavericks. Foi o primeiro jogador nascido em França a alinhar na principal liga de basquetebo­l do Mundo.

6 Hulk Hogan Terry Gene Bollea

Nascimento: Georgia, Estados Unidos, 11/8/1953, 67 anos OUTROS NOMES UTILIZADOS: Hollywood Hogan, Hulk Boulder, Hulk Machine, Mr. America, Sterling Golden, Terry Boulder e The Super Destroyer

Para muitos, wrestling não é desporto. Mas, ainda assim, esta forma de entretenim­ento continua a arrastar massas. E um dos responsáve­is pelo importante legado da WWE é Terry Bollea, que em 1977, quando se estreou como profission­al, decidiu adotar o nome Hulk Hogan.

7 Charles Atlas Angelo Siciliano

Nascimento: Cosenza, Itália, 30/10/1892 (morreu a 24/12/1972, com 80 anos) PRINCIPAL DESTAQUE: Ao lado do Frederick Tilney criou o primeiro curso de culturismo

Foi um dos culturista­s mais famosos do Mundo, especialme­nte por ter criado algumas das primeiras rotinas de treino. Trocou Itália pelos Estados Unidos ainda jovem para cumprir o sonho de ser mediático. Aos 30 anos entendeu que tinha um nome pouco apelativo para os norte-americanos e mudou-o para Charles Atlas, alcançando tremendo sucesso.

8 Ahmad Rashad Bobby Moore

Nascimento: Portland, Estados Unidos, 19/10/1949, 70 anos PRINCIPAIS DESTAQUES: Escolhido 4 vezes para o Pro Bowl da National Football League (1978–1981); integrante da equipa All-Pro de 1979

Foi 4.ª escolha do ‘draft’ da NFL (futebol americano) de 1972 pelos St. Louis Cardinals, passando depois por Buffalo Bills e Minnesota Vikings. Como havia estudado a religião islâmica na faculdade, converteu-se e mudou de nome em 1972. Ahmad Rashad significa ‘o admirável que conduz à verdade’.

9 Caitlyn Jenner Bruce Jenner

Nascimento: Nova IIorque, EUA, 28/10/1949, 70 anos PRINCIPAIS TÍTULOS: Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal; Medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1975, na Cidade do México

Atleta de exceção no decatlo, Bruce Jenner foi uma figura ímpar do desporto norte-americano, cimentando o seu nome com o sucesso nos Jogos Olímpicos de 1976. Em 2015 assumiu-se de forma descomplex­ada como transgéner­o, encetando um processo de mudança de sexo, que terminou em 2017. Mudou de nome, passando a chamar-se Caitlyn.

10 Saif Saaeed Shaheen Stephen Cherono

Nascimento: Kalilo, Quénia, é i 15/10/1982, 37 anos PRINCIPAIS TÍTULOS: Campeão do Mundo em 2003 (Paris) e 2005 (Helsínquia); Campeão do Mundo de Pista Coberta em 2006 (Moscovo)

É o recordista mundial dos 3.000 metros obstáculos (7.53.63 m, em 2004) e uma grande figura do atletismo. Nasceu no Quénia mas naturalizo­u-se qatari em 2003, altura em que também mudou de nome. Especula-se que terá recebido um milhão de dólares por ter trocado de país, algo que o atleta nega até hoje.

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