LUCROS DE 42 M€ E FAIR PLAY NO LIMITE
SAD teve 2.º melhor registo líquido de sempre mas está a 1 por cento do rácio recomendado pela UEFA
ç A SAD do Benfica registou o segundo maior resultado líquido da história. Segundo o relatório e contas enviado à CMVM, os encarnados obtiveram 41,7 milhões de euros de lucro no exercício de 2019/20. Por outro lado, o rácio entre gastos com pessoal e receitas operacionais atingiu os 69 por cento, ficando assim a apenas um ponto percentual (70) do limite recomendado pela UEFA no âmbito do fair play financeiro. Um aumento de 9% devido à “quebra de receitas operacionais decorrente dos impactos associados à Covid-19”, esclarecem as águias. Até porque os gastos com pessoal diminuíram 1,3%. O lucro de 41,7 M€ está ligeiramente abaixo do máximo que foi registado em 2016/17, época em que os proveitos ascenderam aos 44,4 milhões de euros. É o sétimo exercício consecutivo em que a SAD obtém lucros. Luís Filipe Vieira considerou o exercício “muito positivo” em termos financeiros, em contraponto com os “frustrantes” resultados desportivos em 2019/20. “Num tempo de incertezas, como aquele que vivemos desde março, é também importante gerar outros resultados, para além dos desportivos, que nos permitam continuar a poder contar com a confiança dos acionistas e de todos os ‘stakeholders’. Esse é o caminho que temos percorrido e que se traduz numa afirmação cres
PRESIDENTE ENCARNADO ENALTECE O SÉTIMO EXERCÍCIO CONSECUTIVO COM LUCRO E VÊ ÁGUIA AMARRADA EM PORTUGAL
cente que culminou em 2019/20 num resultado líquido positivo superior a 40 M€, o que, num contexto fortemente condicionado pela pandemia, traduz bem o trabalho realizado fora das quatro linhas. É o sétimo exercício consecutivo da Benfica SAD com lucro, o que não pode deixar de ser enaltecido”, frisou o líder das águias, reconhecendo a importância da saída de João Félix para o At. Madrid (126 M€). Por outro lado, Vieira lamentou “a dimensão do mercado português”, por impedir o Benfica de “desenvolver o seu modelo de negócio” para competir na Europa. Mesmo assim, diz que o clube está “em condições de dar um salto qualitativo”.
Já o passivo desceu mais de dez por cento (situa-se agora nos 325,917 M€, e a dívida líquida nos 92,753 M€), enquanto os capitais próprios subiram 35,2%. Hoje, atingem um valor de 161,1 milhões de euros.
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