ANTÓNIO COSTA
Decisão do presidente abrange Costa, Medina e “todos os titulares de cargos públicos”
LATA: O primeiro-ministro foi retirado da comissão de honra da lista de Vieira pelo próprio LFV. Foi uma inocência admitir que podia tomar partido sem que os rivais (desportivos e políticos) levantassem a voz.
ç Luís Filipe Vieira retirou o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e “todos os titulares de cargos públicos” da sua comissão de honra. A decisão abrange também o autarca do Seixal, Joaquim Santos, e os deputados Duarte Pacheco (PSD) e Telmo Correia (CDS-PP), entre outros. “Agradecendo a todos a disponibilidade manifestada, tomei a iniciativa de retirar da minha comissão de honra todos – todos – os titulares de cargos públicos, sejam autarcas, deputados ou membros do Governo. É triste que, 46 anos depois do 25 de
DIRIGENTE DIZ TER ASSISTIDO A CAMPANHA “HIPÓCRITA E DEMAGÓGICA” E REITERA QUE SAIRÁ SE FOR CONDENADO
Abril, se tenha de censurar quem livremente decidiu manifestar-me o seu apoio, mas o populismo e a demagogia dos dias de hoje obrigam-me a fazê-lo de forma a terminar com uma polémica injustificada e profundamente hipócrita”, justificou o presidente do Benfica, numa nota à imprensa, horas antes da reunião semanal entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o chefe do Governo, na qual o apoio deste à candidatura de Vieira deveria ser aflorada.
Momento de reagir
O líder dos encarnados, de 71 anos, sublinhou ter assistido “a uma das campanhas mais hipócritas e demagógicas” de que tem memória, entendendo “ter chegado o momento de reagir”. “Nos últimos quatro dias, António Costa, Fernando Medina e muitos outros foram atacados de forma incompreensível e torpe, não pelo apoio que enquanto sócios do Sport Lisboa e Benfica entenderam dar-me, como já o tinham feito em 2012 e 2016 sem que se tenha assistido a qualquer
tipo de alarido, mas, precisamente, pela perceção pública que, de forma concertada, os media foram ‘construindo’, deturpando e usando como catalisador de uma campanha populista de difamação.” Observando que “a justiça passou a ser feita no Facebook, nas redes sociais e nos media”, Vieira reiterou: “Repito o que já disse, estou de consciência tranquila e, se for condenado, no futuro, em algum dos processos de que nestes dias tanto se fala, serei o primeiro a tomar a iniciativa, saindo pelo meu pé da presidência do Sport Lisboa e Benfica.”
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