REEMBOLSO E DÉFICE AUMENTAM DÍVIDA
Salgado Zenha explica os números que serão votados na AG de hoje, em resposta aos sócios
“HÁ UM DESEQUILÍBRIO OPERACIONAL [...], POIS HÁ UM INVESTIMENTO EXAGERADO NAS MODALIDADES”
Francisco Salgado Zenha, o vice-presidente responsável pela área financeira, aceitou responder a algumas das questões enviadas pelos associados a propósito dos números que serão votados na assembleia geral de hoje. Fê-lo na Sporting TV e começou pela dívida do clube à SAD, que na época passada atingiu os 17 M€. “O aumento deste ano tem a ver com duas componentes essenciais. O reembolso do clube aos bancos, que teve o financiamento da SAD, mas que vem do acordo de reestruturação financeira de 2014, que trabalha as dívidas do clube e da SAD num só acordo. A SAD tem uma receita muito grande, mas quem tem de pagar é o clube. Depois, cria estes desequilíbrios. Esta amortização da dívida é referente à época 2017/18. Como só se chegou a acordo com os bancos no ano passado, só se amortizou esta dívida na época 2019/20”, explica Zenha, passando de imediato à outra componente: “Depois há um desequilíbrio operacional de caixa que é crónico no clube. Porquê? Porque se está a gastar mais do que se recebe. O que esta direção tem tentado fazer é reduzir esses excessos, pois há um investimento exagerado nas modalidades.” Um problema que, segundo o homem-forte das finanças do Sporting, tem sido combatido. “É um processo difícil, quando há muitos acordos que vêm de trás. Já começámos a fazer alguma coisa e, este ano, estes valores só não são mais baixos devido ao efeito da pandemia. Em termos de gastos, já temos o clube mais equilibrado. Acreditamos que é possível ser competitivos e sermos sustentáveis em termos de tesouraria, para evitar criar os tais desequilíbrios e as tais dívidas”, garante.
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