Record (Portugal)

CD AVES A QUEDA NO ABISMO

SAD tem dívidas de 17 milhões e desiste do CP; clube desce sete divisões até à 2.ª da AF Porto

- ANTÓNIO MENDES

O CD Aves, tal como o conhecemos até ao fim da época 2019/20, pode mesmo deixar de existir, mas por agora confirma em absoluto uma queda inimagináv­el quando a equipa então orientada por José Mota ganhou a Taça de Portugal ao Sporting de Jorge Jesus, em 2018. Neste momento, nem sequer há certezas quanto à inscrição da equipa que o clube fez junto da AF Porto para competir na 2ª Divisão distrital, Série 1, demarcando-se aí da SAD que tentou, até à última terça-feira, encontrar uma solução para ter a “sua” equipa no Campeonato de Portugal. Este braço de ferro constante e mais visível a partir de janeiro deste ano, entre SAD e clube, claro que em nada contribuiu para este triste fim, mas a partir do momento em que a Sociedade Anónima solicitou o Processo Especial de Revitaliza­ção (PER), onde assume uma dívida de 17,1 milhões de euros a repartir por 110 credores, o destino parecia traçado e não era bom para ninguém, muito menos para um clube com seis presenças na 1ª Liga, as três últimas consecutiv­as.

Certo é que a SAD parece ter atirado em definitivo a ‘toalha ao chão’, correndo o sério risco de ser declarada insolvente, em função da ausência de receitas daqui para a frente, mas o clube também fica em muito maus lençóis, apesar de se ter lançado rumo ao abismo, assumindo a descida de sete divisões. Ou seja, a correr muito bem, com subidas consecutiv­as, o que seria verdadeira­mente incrível, a equipa só poderá regressar à 1ª Liga, de onde saiu em julho último, em 2028! A verdade é que a direção liderada por António Freitas já solicitou o adiamento das duas primeiras jornadas, procurando ganhar tempo e para poder inscrever jogadores na AF Porto. É que a FIFA não faz distinções entre clube e SAD e há 31 mil euros a pagar para desbloquea­r a situação. *

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