Arguidos rejeitaram acordo
Um juiz de instrução criminal no Tribunal de Guimarães começou ontem a ouvir três adeptos do Vitória constituídos arguidos no caso dos cânticos e insultos racistas ao futebolista Moussa Marega, do FC Porto. Os adeptos estão indiciados pelo crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, punido com pena de prisão de seis meses a cinco anos. Neste momento, estão com termo de identidade e residência, uma medida de coação que pode ser agravada pelo juiz de instrução criminal, designadamente com a proibição de frequência de recintos desportivos. O Ministério Público chegou a propor a suspensão provisória do processo, mediante a proibição de frequência de recintos desportivos, a apresentação em posto policial sempre que o Vitória jogasse e o pagamento de uma quantia a uma instituição, mas os arguidos não aceitaram. Contactado pela Lusa, Pedro Carvalho, advogado dos arguidos, manifestou-se “plenamente convencido” de que os seus constituintes “não tiveram qualquer conduta censurável criminalmente. Apenas espero que o mediatismo dos factos e a questão do racismo, que tem gerado aceso debate na sociedade, não subverta a ação da justiça”, sublinhou. Certo é que os três arguidos estavam na Bancada Sul, onde se situa a claque White Angels, e não na Bancadas Nascente, de onde emanaram os cânticos que exasperaram Marega. Segundo fonte judicial, a diligência processual prosseguirá a 2 de outubro. *