A DGS está com cada vez menos graça
AS AUTORIDADES DE SAÚDE BRINCAM COM O FUTEBOL E DE NADA SERVE O BENFICA ATACAR A LIGA. A UNIÃO ENTRE OS CLUBES PELO REGRESSO DO PÚBLICO É A ÚNICA VIA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO
Todos vemos com os 1 nossos olhos que aumentam os exemplos de espetáculos desportivos, futebol incluído, onde a presença de público não está a ser sinónimo de um apocalipse Covid. O exemplo paradigmático foi dado pela própria UEFA através da Supertaça Europeia, que ao ser disputada em Budapeste permitiu um teste ao regresso de pessoas às bancadas que seria inviável caso se tivesse mantido o seu palco original, ou seja, o Estádio do Dragão. Para fonte daquele organismo, “ficou demonstrado que os adeptos são a alma do jogo e que o futebol é grande graças à paixão e apoio dos mesmos”. Em Portugal, e sem mencionar os restantes eventos onde é permitido público, os jogos de fu
ÁGUIAS TIVERAM UMA INICIATIVA LOUVÁVEL MAS GRAÇA FREITAS É FORÇA DE BLOQUEIO
tebol não profissional disputados nos Açores deveriam fazer corar de vergonha os doutores da Direção-Geral da Saúde que continuam numa postura casmurra e injustificável em relação às partidas das ligas profissionais. Uma atitude que tem cada vez menos graça.
Podemos estar a um ano 2 da distribuição massiva de uma vacina que permita mitigar os efeitos da Covid-19.
Por isso, temos de saber viver com a doença, ser resilientes enquanto sociedade e, acima de tudo, rejeitar as tendências autofágicas incapazes de ver além dos confinamentos, restrições e histerismos. Por isso aplaudi de pé a iniciativa do Benfica em convidar sócios para assistirem à receção ao Moreirense no camarote presidencial. Enquanto alguns, até apoiantes encarnados, preferiram focar-se na estéril polémica eleitoral e numa alegada manobra para influenciar algumas Casas do Benfica, o único ponto que me pareceu relevante, olhando para a ‘big picture’, foi a possibilidade histórica de o Benfica usar a sua tremenda dimensão para se assumir como charneira do futebol profissional e líder na causa do regresso dos adeptos. Uma causa nobre que dispensava a pequenez dos comunicados ontem emitidos e que falham completamente o tiro. O alvo das críticas nunca poderia ser a Liga, mas sim a DGS, que poucos dias antes já tinha bloqueado a iniciativa do V. Guimarães em chamar 40 sócios à sua receção ao P. Ferreira, a 2 de outubro. Dos estilhaços de mais uma polémica estéril, até porque o espírito da lei que determinava a taxa de ocupação dos camarotes nunca foi o de atribuir essa quota a adeptos e o Benfica sabe-o bem, por isso não solicitou parecer às autoridades sanitárias, emerge um grave dano nos interesses coletivos do futebol profissional. Vai demorar ainda mais tempo a destrancar as portas.
Luís Filipe Vieira ven3 ceu a mais relevante ‘sondagem’ pré-eleitoral, que foi a aprovação, pelos sócios, do relatório e contas de 2019/20 com 71,38% dos votos. A reeleição como presidente do Benfica até 2024 está cada vez mais próxima.