FOI PRECISO SOFRER PARA SER FELIZ
LITO VIDIGAL ESTREIA-SE A GANHAR NOS BARREIROS Rodrigo Pinho voltou a fazer a diferença, mas com dez a estratégia foi recuar para segurar ímpeto beirão
Lito Vidigal estreou-se nos Barreiros com uma vitória, num jogo de grande sofrimento para a sua equipa depois da expulsão de Fábio China, ainda na primeira parte, e ao assumido recuo na segunda para gerir a vantagem alcançada. O Tondela tentou de tudo, mas não conseguiu furar a verdadeira muralha que os madeirenses ergueram. Crucial foi Rodrigo Pinho, que voltou a ser decisivo com dois
TONDELA TEVE 70% DE POSSE DE BOLA, MAS NÃO MOSTROU ARTE PARA ULTRAPASSAR A MURALHA DO ADVERSÁRIO
golos, o segundo deles logo após o empate, o que permitiu encarar a segunda fase com outra confiança. Sem ser propriamente brilhante – longe disso, pois o primeiro tempo foi fraco de parte a parte – o Marítimo foi sempre mais perigoso desde o início, viu um golo ser anulado a Pinho por deslocação de 64 centímetros e acabaria por abrir a contagem após boa iniciativa de China e Edgar Costa no lado esquerdo. Em cinco minutos, o panorama do jogo mudou: China foi (bem) expulso após derrubar Rafael Barbosa e, na sequência do livre, surgiu o empate para os beirões. Mas um erro de Niasse permitiu a Pinho bisar quase de imediato, recolocando a sua equipa na frente.
Pako Ayestarán mexeu logo na equipa ao intervalo e foi lançando as armas que tinha no banco, numa jogo que teve toada praticamente idêntica até ao apito final: o Tondela com bola a atacar e o Marítimo, com dez unidades, a defender-se com unhas e dentes, com linhas bem baixas e raramente conseguindo sair em contra-ataque. Amir ainda desviou para o poste um remate de Barbosa (58’) e mostrou mãos firmes noutros lances de perigo, mas ter 70 por cento de posse de bola pouco serviu aos visitantes.
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CASO