DE MELHOR ‘ROOKIE’ AOS RECORDES
o título até à última prova, tendo acabado a temporada num magnífico 2.º lugar com 109 pontos, os mesmos que o terceiro classificado – o seu companheiro de equipa, um tal de Fernando Alonso, campeão mundial nos dois anos anteriores –, e apenas a um do finlandês Kimi Räikkönen, da Ferrari, que conquistou então o seu único título.
Com apenas 22 anos, na altura, deu logo nas vistas na segunda prova do Mundial, ao realizar a volta mais rápida no Grande Prémio da Malásia. Mas, quando a caravana viajou para a América do Norte, Hamilton mostrou que estava ali para se impor perante os melhores. Na sexta prova de 2007, no Canadá, o inglês somou a primeira pole position da carreira à primeira vitória. No fim de semana seguinte, nos EUA, repetiu a extraordinária façanha. Ainda voltou a vencer na Hungria ia e no Japão, deixando os especialistas de boca aberta e confirmando-se como no melhor estreante da história da Fórmula 1 – descontando, naturalmente, a edição inaugural, em 1950, na qual se sagrou campeão o italiano Giuseppe Farina.
A primeira época serviu para adoçar o apetite dos seus fãs e na segunda temporada confirmou as suas credenciais ao sagrar-se campeão do Mundo de Fórmula 1, com 23 anos, nove meses e 27 dias, sendo então o mais novo de sempre a alcançar tal feito. No entanto, em 2010, Hamilton seria ultrapassado pelo alemão Sebastian Vettel que venceu o campeonato, pela Red Bull, com 23 anos, quatro meses e 11 dias.
Passagem de testemunho Coincidência ou não, Lewis Hamilton foi o piloto que substituiu Michael Schumacher na Mercedes. O ex-piloto alemão retirou-se pela primeira vez em 2006 mas voltaria em 2010 para arrumar definitivamente as luvas em 2012.
No ano seguinte, Hamilton entrou para a equipa germânica com o sucesso que todos conhecem. A verdade é que os monolugares da marca da estrela não estavam a conseguir lutar pelos lugares da frente – nos três anos em que Schumacher esteve na equipa, o melhor que conseguiu foi um 8.º lugar no Mundial de 2011. Já Hamilton arrancou um quarto posto na época de estreia e, depois, não parou de ganhar. Estes factos são sinónimo de muito trabalho e Hamilton pode ter aproveitado os frutos que Schumacher deixou bem maduros. É de conhecimento geral que o alemão era o melhor piloto do circuito a dar indicações aos seus engenheiros e que ajudava bastante na construção dos monolugares. Nos três anos que passou na Mercedes, com certeza, pois era o seu estilo, insistiu bastante nas melhorias dos carros. Schumacher dava atenção a todos os detalhes e transmitia as sensações em pista aos engenheiros como ninguém e Hamilton beneficiou com isso, mas também o piloto britânico é conhecido por proporcionar um ambiente saudável na sua escuderia, mas nem sempre foi fácil.
No seu primeiro ano, na McLaren, teve problemas com o companheiro de equipa, Fernando Alonso, por causa, essencialmente, dos ciúmes do espanhol e, desde aí, aprendeu uma lição muito valiosa. Independentemente dos