Record (Portugal)

“Estou desiludido comigo mesmo”

Treinador do FC Porto mostrou-se resignado com a derrota, transmitiu uma mensagem de desagrado e deixou um aviso aos jogadores. Estratégia de Lito Vidigal também mereceu reparo negativo

- JOSÉ SANTOS

ç O to? que correu mal ao FC Por

– É preciso olhar para dentro. Em termos ofensivos, criámos algumas ocasiões de golo, tivemos um penálti, uma bola que não sei se entra ou não na baliza, para além de outros lances que me deixaram com muitas dúvidas.

Foi um jogo contra uma equipa que esteve quase sempre dentro da sua área, mas já sabíamos que essa era a sua postura, a sua estratégia para tentar contrariar o nosso jogo, mas a verdade é que cabia-nos fazer o golo e demorámos a reagir. Não fiquei contente com o que fizemos na primeira parte, porque não basta ter o símbolo de campeão nacional e do FC Porto na camisola para ganhar jogos. É preciso estar sempre desconfiad­o a todos os momentos para ganharmos o campeonato outra vez.

– Ficou surpreendi­do com a estratégia do Marítimo?

– Não me surpreende­u em nada o Lito dizer para os seus jogadores se deitarem ao chão e com o quarto árbitro a ouvir. Conheço o Lito, a inteligênc­ia dele e a forma perspicaz como organiza as equipas e tenta conquistar pontos. Por isso, não fiquei nada surpreendi­do

– Ficou desiludido com os jogadores?

– Estou desiludido comigo mesmo, porque quem os mete a jogar sou eu e com as escolhas que fiz. Este assunto será discutido apenas dentro do balneário e vamos olhar para o que fizemos bem e menos bem. Essa é uma análise fácil, porque tenho o jogo na cabeça. Recordo praticamen­te tudo o que foi a dinâmica. Esta semana alguns não estarão cá por causa das seleções, mas vamos analisar o que não fizemos e devíamos ter feito.

– Estava à espera de que a equipa desse mais durante o jogo?

- Não foi assim tão pouco que demos no jogo. O guarda-redes do Marítimo até foi considerad­o o homem do jogo e isso define o que foi o jogo. Por vezes consegue-se ser mais espetacula­r e aqui sabíamos qual era a forma de estar do treinador do Marítimo. Queríamos ir à procura do resultado de uma forma diferente, não quer dizer que na segunda parte não o fizéssemos, mas na primeira parte deveríamos ter feito muito mais. Fomos previsívei­s e algo permeáveis com a bola. A equipa não estava bem a atacar e quando assim é…

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