PINTO DA COSTA “Vamos sair do fair play financeiro ainda este ano”
Líder dos dragões manifestou a convicção de que a pandemia veio adiar esse desfecho
ç Ainda sem se conhecer o exato resultado negativo do exercício da SAD na época passada, Pinto da Costa revelou, em entrevista à TVI, que essa circunstância só se verifica devido à pandemia que levou ao adiamento do fecho do mercado. Nesse sentido, o presidente, de 82 anos, manifestou a convicção de que o FC Porto vai cumprir todos os pressupostos que levarão ao final do plano de controlo financeiro da UEFA.
“A ausência da Liga dos Campeões na época passada foi um prejuízo muito grande e, além
“SE TIVESSE ADEPTOS QUE FOSSEM AO ESTÁDIO PARA INSULTAR, TAMBÉM QUERIA O ESTÁDIO VAZIO...”
disso, nas contas que vamos apresentar, seria normal estarem as vendas deste ano, porque a época acabava em junho. Se não fosse a pandemia, as vendas de 126 milhões de euros tinham entrado nas contas que vamos apresentar e bastava isso para equilibrar as contas. A época foi fechada mais tarde e o que contabilizámos vai entrar nas próximas contas. Estou completa
mente tranquilo e convencido de que vamos sair do fair play financeiro ainda este ano. Se as vendas tivessem sido incluídas nas contas do ano passado, em vez de prejuízo teríamos as contas corretas”, fez questão de vincar Pinto da Costa.
Outro efeito da pandemia são os estádios vazios e, nesse sentido, o presidente do FC Porto mostrou uma vez mais o seu desagrado, vendo o futebol prejudicado em relação a outros sectorestores da sociedade. No caso dos ddragões,õ traduz-dse em maisi um rombo nas contas. “Quando falo com as pessoas todas me dão razão, até alguns responsáveis dizem-me que é incompreensível. Nós, por exemplo, temos uma série de camarotes e não podem ter meia dúzia de pessoas, sendo muitas delas da mesma família, num recinto ao ar livre, e depois vemos espetáculos em pavilhões. O FC Porto perde 29 milhões de euros em receita, embora admita que para alguns dê mais jeito que os estádios não tenham adeptos. Eu, se tivesse adeptos que fossem ao estádio para insultar, também queria o estádio vazio. Não estou a falar de ninguém em concreto”, apressou-se a explicar Pinto da Costa, escusando-se a apontar a Frederico Varandas, do Sporting.
Naming do estádio
Uma forma de angariar mais receitas passa por vender o naming do estádio, e esse era um dossiê que estava em fase de resolução. A pandemia também acabou por interromper o processo. “Os sócios têm a noção de que no futuro vai ser importante para os clubes e já poderia ter concretizado o negócio que já estava na sua fase final. Os clubes terão necessidade de vender o naming do estádio, o acordo que estávamos a fechar valia entre cinco e seis milhões de euros, mas agora foi suspenso. A empresa com quem estávamos a negociar iria ter o nome depois do Estádio do Dragão”, explicou.
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