TIROU-LHE O CHAPÉU E TAMBÉM A QUEIXA
Bruno de Carvalho elogiou as denúncias de Rui Pinto e aproveitou para atacar velhos rivais Doyen e o caso Rojo
ç “Tem de se tirar o chapéu ao Rui Pinto, porque foi depois de ele aparecer que começou a haver processos numa série de investigações.” Esta frase de Bruno de Carvalho, antigo presidente do Sporting, resume o depoimento do dirigente como testemunha na 13ª sessão de julgamento do ‘Football Leaks’, que terminou com a revelação de que vai retirar a queixa, por violação de correspondência, que fez contra o arguido. Durante duas horas, o antigo líder dos leões respondeu ao Ministério Público e aos advogados, fazendo algumas revelações importantes e atacando alguns dos velhos rivais.
“Dias antes de o ‘Football Leaks’ o divulgar, Pedro Guerra mostrou na televisão a proposta do Sporting ao Mitroglou... Hipoteticamente, posso pensar que foi o Rui Pinto que passou esses documentos ao Benfica”, disse mais à frente. O ex-presidente revelou que nunca ninguém no clube lhe disse que os ataques informáticos foram feitos desde a Hungria e sobre o ‘crash’ do servidor do Sporting garantiu que o clube “não esteve parado por causa disso”, isto antes de confirmar que não conhecia Rui Pinto. “Nem sei se ele está aqui. Se estiver, é a primeira vez que estamos na mesma sala...”, afirmou, antes de se voltar e confirmar a presença do arguido.
Bruno de Carvalho revelou ainda que a Doyen ‘controlava’ o clube graças aos contratos dos jogadores. “Na Corunha, antes do Teresa Herrera, apareceu-me o Nélio Lucas [CEO da empresa] no hotel e diz-me: o Rojo não joga porque está vendido ao Man. United, até ligou ao Van Gaal para confirmar a venda. Fui ter com Marco Silva e disse ao treinador que o Rojo tinha de jogar, mas ele preferiu fazer o que a Doyen lhe pediu e não colocou o Rojo a jogar...”, acusou.
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