Record (Portugal)

FC Porto-Chelsea, diminuir montra e (des)ordem divina

- Artur Fernandes Presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol

çComo frisou Octávio Ribeiro, a missão não é impossível. O FC Porto foi melhor em quase tudo frente ao Chelsea. Faltou eficácia e um penálti por marcar. O maior problema do Chelsea é que Sérgio tem alma até Almeida, e não se vai resignar. Cabe-lhe a missão de conseguir transmitir aos seus rapazes a sua ambição e coragem. Já vimos o FC Porto marcar dois golos em Turim, já vimos o Chelsea sofrer cinco contra o WBA e três contra o Arsenal e o City. Mesmo os filmes das ‘Missões Impossívei­s’ acabam sempre bem. Pode ser o caso e, se assim for, a festa lusa será extraordin­ária.

No que respeita à diminuição do número

de equipas na Liga principal, a proposta é que se organizem. É enfadonho estar a discutir este tema cada dois ou três anos. Diminuir para 16 equipas significa menos 66 jogos television­ados. As operadoras aceitam? Os contratos com elas permitem-no? Será a condição para uma pré-preparação da tal Superliga europeia? O futebol português é vendedor. As lojas dos chineses têm montras enormes e as da Zara também; e eles, chineses e Don Amancio, vendem que se fartam. Não é que se augure tamanha ou comparável fartura, mas o dinheiro faz muita falta aos clubes. Vale a pena dizer que quanto maior for o mostruário, mais jogadores irão ser vistos. E a montra é só uma: a Liga principal.

O Sporting cedeu dois pontos em Moreira

de Cónegos, e o campeonato, que já estava ganho, começa a poder deixar de o estar, se resultados idênticos acontecere­m nos próximos jogos. Às vezes até parece que, por casualidad­e ou ordem divina, estes fenómenos acontecem para dar mais chama a um campeonato cujo único interesse já só eram o 2.º e 3.º lugares. Vá-se lá entender o Universo.

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