“O Sporting já vai ganhar o campeonato”
Técnico retira qualquer pressão dos jogadores e aponta que o “remédio” para o sucesso é... vencer
A aproximação do FC Porto e Benfica que, à condição, ficaram respetivamente a cinco e a oito pontos do Sporting, não preocupa Rúben Amorim. À entrada para as derradeiras nove jornadas, o técnico optou por canalizar para si toda a pressão garantindo que será “o único responsável” caso a equipa perca a liderança nas próximas semanas. Confiante e orgulhoso no trabalho que tem sido desenvolvido em Alcochete, o antigo jogador, de 36 anos, assegurou que o maior triunfo... já foi alcançado. “Só o treinador poderá perder, dado que o Sporting já vai ganhar o campeonato pois projetou jogadores e vai estar bem no futuro. O [Gonçalo] Inácio, o Matheus [Nunes], o Daniel [Bragança] vão ser jogadores. Isso não vai mudar consoante os resultados deste ano”, afirmou o treinador, na antevisão do jogo com o Famalicão, onde ainda lembrou que, no final, “só um clube vai ganhar”. O empate em Moreira de Cónegos (1-1) não alterou em nada a filosofia em Alvalade, um local onde continua a imperar a palavra “tranquilidade”. “Temos de
“O INÁCIO, O MATHEUS, O DANIEL VÃO SER JOGADORES. ISSO NÃO VAI MUDAR CONSOANTE OS RESULTADOS DESTE ANO”
levar as coisas jogo a jogo. Mais importante que os resultados é a forma como jogamos, e se eles se mantiverem a jogar eu estarei tranquilo. Só o treinador poderá perder...”, reforçou.
À espera da reação
O Sporting ainda só escorregou cinco vezes na Liga, e este dado acaba por tornar-se uma incógnita em relação à reação a resultados adversos. Esta situação também não tira o sono a Rúben Amorim que, neste caso, até elogia a inexperiência da equipa. “A resposta também começa no início da semana, e temos muitos inconscientes na equipa, é o que eu sinto. Já estive em grupos muito experientes em que sentiam muito mais, e talvez isso seja um bom sinal. Agora foi um empate e temos de pensar no próximo jogo. Nós estamos preparados para isso”, sublinhou Amorim, lembrando a igualdade com o Rio Ave que antecedeu o triunfo sobre o FC Porto, nas meias-finais da Allianz Cup, em janeiro. Uma das razões deste estado de espírito do treinador passa pela resposta dada por um grupo de jogadores que, no seu ponto de vista, “têm dado o máximo”. “Mais importante que os resultados é a forma como jogamos, e isso é algo que podemos controlar. Já nos resultados podemos ter um dia menos bom, mas a forma como não ganhamos é o mais importante”, defendeu o antigo internacional português, que lembrou o exemplo negativo de uma partida em que até conquistou os três pontos: “Foi mais difícil para mim lidar no jogo com o Santa Clara, em que ganhámos no minuto 90, mas sentiu-se que deixámos correr o jogo. Frente ao Moreirense, os jogadores fizeram o máximo, e poderíamos ter ganho o jogo com outra facilidade. Não digo que era fácil, mas controlámos o jogo para isso... Só que não aconteceu. Digo-o da mesma forma quando fui criticado quando afirmei que não podia pedir
mais aos jogadores no final do jogo com o LASK.”
Sem medo dos fatores externos
Curiosamente, no lançamento dos respetivos jogos, Sérgio Conceição e Jorge Jesus mostraram-se preocupados com o desempenho dos árbitros. Já Rúben Amorim, ao ser recordado das palavras do presidente do Sporting, Frederico Varandas, que recordou a força dos rivais “dentro e fora do campo”, garantiu que não está receoso. “O Sporting é um clube muito grande e tem um projeto que está a conseguir levar para a frente. Voltar a ganhar é o único remédio. Não temos de olhar para os outros, dependemos de só nós. Não estou com medo de nada”, garantiu.