Record (Portugal)

DUPLA IRANIANA RESOLVE UMA FINAL

Am ir segurou abaliza eAlipourm arcou, num jogo entre aflitos no qual prevaleceu a eficácia

- CRÓNICA DE GONÇALO VASCONCELO­S

Quase quatro meses depois, o Marítimo voltou a ganhar nos Barreiros, numa verdadeira final na qual tinha a necessidad­e imperiosa de somar os três pontos e respirar um pouco melhor. E fê-lo sobretudo na raça e através da organizaçã­o defensiva, deixando assim de lado a nota artística e superando um Farense ineficaz. E ainda ganhou vantagem no confronto direto frente aos algarvios.

FARENSE TEVE MAIS BOLA E INICIATIVA, MAS VELÁZQUEZ FECHOU CEDO A PORTA E SEGUROU OS PONTOS

O Farense tomou a iniciativa do jogo e ao longo da primeira parte soube aproveitar bem os nervos do adversário. Basta frisar que, logo aos 13 minutos, o Marítimo já tinha três jogadores amarelados. Mais confiantes, os algarvios mostraram-se seguros e esclarecid­os nos processos e só não ganharam vantagem porque Amir brilhou a grande altura: aos 33’, negou, a meias com a barra, o golo a Ryan Gauld e a recarga de Amine mesmo sobre a linha de golo.

O Marítimo raramente acertou o seu futebol nesta fase, mas acabaria por ver um golo cair literalmen­te do céu, através de Alipour. O internacio­nal iraniano quebrou finalmente o enguiço e estreou-se a marcar num lance de insistênci­a, em que teve o mérito de ganhar dois ressaltos aos dois centrais do Farense. A equipa de Jorge Costa veio do intervalo com vontade de empatar, mas Amir foi sempre um obstáculo de peso e Pedro Henrique e Madi Queta não estiveram propriamen­te inspirados na finalizaçã­o. Depois, Velázquez fechou cedo a porta, procurando retirar espaço ao adversário, em especial a Ryan Gauld, abdicando de qualquer ideia em nome do pragmatism­o. Era dia de ganhar e não havia margem de erro.

*

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal