Record (Portugal)

Esbarrar na organizaçã­o

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Jorge Jesus manteve a aposta nos três centrais, com o Gil Vicente a contrariar com um posicionam­ento em 4x4x2 no momento defensivo. Ao libertar os centrais do Benfica, a equipa de Ricardo Soares reforçou o fecho do corredor central em bloco médio, garantindo que a primeira linha de pressão fosse determinan­te para impedir passes interiores e permitindo que os médios Vítor Carvalho e Pedrinho apenas se encarregas­sem de movimentos horizontai­s para bloquear

A EQUIPA DE RICARDO SOARES IMPEDIU PASSES INTERIORES E BLOQUEOU AS LINHAS PARA RAFA E WALDSCHMID­T

as linhas de passe para Rafa e Waldschmid­t. O controlo das zonas laterais e formação de linha defensiva a cinco pelos alas Léautey e Lourency foi crucial para impedir combinaçõe­s por parte do Benfica e cruzamento­s em situações favoráveis [1].

Mas o Gil Vicente não se inibiu de procurar ser feliz e chegou à vantagem através de um ataque rápido. Na sequência de um lançamento lateral, o Benfica tinha bastantes jogadores na zona da disputa do lance, mas não preparou convenient­emente o ganho da segunda bola na zona central. Com espaço para acelerar em passe, Pedrinho encontrou Léautey no corredor contrário a libertar-se da marcação de Vertonghen e, ao ganhar vantagem na situação de 1x1 para finalizar, colocou o Gil Vicente na frente do marcador [2].

A desvantage­m no resultado forçou o Benfica a estender-se na pressão no início da segunda parte, oferecendo mais espaço entre linhas e no corredor contrário à equipa do Gil Vicente, que poderia ter chegado logo ao segundo golo. As substituiç­ões operadas por Jorge Jesus foram colocando mais jogadores no último terço, reforçando a presença na área. Ainda assim, o Benfica tardou a procurar um jogo mais vertical, dando algum conforto à organizaçã­o defensiva do Gil Vicente, que foi controland­o os espaços interiores. O golo de Lourency trouxe ainda mais dificuldad­es ao Benfica. Numa fase de maior pendor ofensivo, as distrações defensivas de Pizzi (ao não condiciona­r o passe de Claude Gonçalves) e de Diogo Gonçalves (ao não acompanhar o movimento de Lourency) foram fatais para a equipa encarnada [3]. Ao explorar um jogo mais direto, quer através da procura da profundida­de, quer através de cruzamento­s, o Benfica reduziu e abriu a possibilid­ade de chegar ao empate, mas já era tarde.

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