JOÃO MÁRIO QUERIA CONTINUAR A AJUDAR
Médio foi o primeiro a sair em Faro, quando estava a ser um dos melhores em campo
Ao contrário do que acontecera em Alvalade com o Famalicão, quando à entrada do último quarto de hora já tinha queimado as cinco substituições, na sexta-feira, em Faro, Rúben Amorim foi bem mais conservador: fez apenas três trocas e a primeira esperou até ao minuto 71. Quando a placa subiu no Estádio São Luís, porém, poucos estariam à espera de que o escolhido fosse João Mário, tendo em conta que havia sido um dos melhores em campo até àquele momento (dispondo de boas situações para marcar aos 9’, 27’ e 49’). A reação do próprio à saída denunciou o desagrado. Enquanto se dirigia para a linha, onde deu lugar a Matheus Nunes, o médio acenou com a cabeça e, embora o gesto não tenha sido ostensivo, deixou claro que não gostou de abandonar o relvado. Segundo Record apurou, de facto, João Mário não só se sentia bem fisicamente como acreditava que, naquela altura, atravessava a melhor fase no jogo, razão pela qual queria continuar a ajudar a equipa com a sua experiência nos minutos finais. A vontade de contribuir para a vitória e a frustração natural por ter sido sacrificado depressa deram lugar à alegria pelos 3 pontos conquistados. Quando o encontro terminou, Rúben Amorim justificou a decisão. “O João Mário estava a fazer uma boa exibição, mas depois o jogo começou a partir-se e nós quisemos dar velocidade. O Farense subiu e nós quisemos criar o contrário do que queríamos no início”, explicou o técnico, em conferência de imprensa. Com 23 jogos na Liga, João Mário foi titular em 20, tendo sido substituído em 13, incluindo em Faro. Como suplente utilizado fez três jogos, dois deles logo em outubro, quando ainda não tinha ritmo. É o segundo com mais recuperações de bola (143) no Sporting atrás de Porro (167).
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“O JOGO COMEÇOU A PARTIR-SE E NÓS QUISEMOS DAR VELOCIDADE”, EXPLICOU RÚBEN AMORIM APÓS A PARTIDA