“Atletas deviam estar vacinados”
çAinda não está vacinada. Tem receio de que uma possível infeção a obrigue a parar e condicione a preparação para os Jogos Olímpicos?
TH – Sim. Os atletas olímpicos já deviam estar vacinados porque é um risco enorme para nós. Quanto mais perto dos Jogos pior porque os atletas demoram muito tempo a recuperar. Tivemos dois casos de nadadores já com mínimos para os Jogos que tiveram uma recuperação difícil. Trabalho muito duro e sinto que uma infeção dessas pode fazer-me recuar vários passos.
+O Comité já falou sobre isso com vocês?
TH – Está a ser um trabalho desenvolvido nesse sentido. Há a questão ética, é compreensível. As pessoas podem pensar que nós não estamos na zona de risco. Mas os qualificados são 56 e os que estão perto dos mínimos nem a 200 chegam. No máximo 200 vacinas. Não é um sacrifício enorme. Tenho a sorte de fazer natação e há estudos que comprovam que o cloro ajuda na eliminação da propagação do vírus. Mas noutras modalidades compreendo a preocupação.
+Vão ser uns Jogos diferentes em comparação com o Rio...
TH – Em princípio o clima já ia ser diferente porque são dois países completamente distintos. Brasil é aquela festa colorida que nós associamos, enquanto o Japão é mais frágil, mais calmo. O clima já não ia ser igual. Vai ser muito diferente. Vai fazer falta aquela sensação de ter todo o público a olhar para ti. Sentimos falta disso. Vai ter alguma diferença, mas estamos habituados a nadar com ou sem público. É seguir em frente.
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