SUPER MARIO AGONIOU CÓNEGOS
Tondela chegouao3-0logo aos12minutosedepois, aindaqueamuitocusto, sótevedegerirapartida
Não é todos os dias que se faz um hat trick no espaço de apenas oito minutos e muito se poderia dizer sobre o manual de disparates táticos que o Moreirense cumpriu religiosamente até o espanhol Mario González guiar o Tondela a uma confortável vantagem de três golos, disputados que estavam apenas 12 minutos de jogo, só que muita da emoção que o futebol gera também se deve à fertilidade dos momentos insólitos.
A verdade é que o Moreirense entrou com a ficha desligada e essa descompressão, talvez fruto da ressaca da festa dos 34 pontos alcançados em Barcelos, na última jornada, custou caro. Demasiado caro porque o Tondela não fez mais do que o habitual, mas também não se fez rogado em aproveitar tanta passividade para dar corpo ao resultado. Desnível, contudo, com contornos de perplexidade e o argumento para não só quebrar o ritmo dos beirões como, obrigatoriamente, forçar o Moreirense a uma reação por impulso. Conduta frenética a inclinar o campo e com reflexos imediatos em função dos golos apontados por Steven Vitória e Rafael Martins ainda durante o primeiro tempo. Ingredientes mais do que suficientes para o intervalo cozinhar uma etapa complementar de elevado calibre, mas que o técnico Pako Ayestarán também foi célere a antecipar com uma postura de total cautela e concentração. Movimentos de risco sempre calculados com o intuito de reduzir ao máximo a margem de manobra do Moreirense, porque sem espaços não há como armar as transições e sem transições o caudal ganha previsibilidade. Aposta estratégica que Vasco Seabra procurou contrariar a todo o custo ao apostar as fichas todas no ataque. O tiro de cabeça de Steven Vitória (88’) ao poste ainda esteve perto de minimizar os defeitos iniciais, mas a postura de segurança dos beirões acabou por prevalecer.
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MOREIRENSE AINDA FEZ O 3-2 NO PRIMEIRO TEMPO, MAS NÃO TEVE DISCERNIMENTO PARA DILUIR OS PECADOS INICIAIS