ROCHELE DE BRONZE
Rochele Nunes ganha o bronze e Portugal iguala máximo de 2008, com quatro pódios
PORTUGAL TERMINA EUROPEUS COM 4 MEDALHAS
çRochele Nunes (+78 kg) fechou ontem com chave de ouro o Europeu de Lisboa, ao conquistar a quarta medalha para Portugal, que iguala o máximo da edição de 2008, através do ouro de Telma Monteiro (-57 kg), e os bronzes de Bárbara Timo (-70 kg), João Crisóstomo (-66 kg) e da própria luso-brasileira, de 31 anos. João Neto (ouro), Pedro Dias, Ana Hormigo e Yahima Ramirez (bronze) tinham sido os anteriores protagonistas, mas se dessa vez os resultados foram fantásticos, passados 13 anos, o nível da Seleção subiu tanto, que, agora, até se pode considerar que o pecúlio soube a pouco, pois Anri Egutidze (5º a -81 kg), Jorge Fonseca (7º/-100 kg) e Patrícia Sampaio (7ª/-78 kg) também estiveram no Altice Arena para ganhar. A judoca do Benfica ficou lavadas em lágrimas, após as emoções da conquista do segundo pódio consecutivo, “inspirada nas 15 medalhas em 15 presenças de Telma” em Europeus, repetindo o Praga’2020: “É muito difícil para os emigrantes ter o carinho e o amor com que fui recebida em Portugal, a quem dedico a medalha. Investiram e acreditaram em mim quando nem eu acreditava. Apesar do sacrifício de não estar com a minha família e longe do meu marido, tudo tem valido a pena. Estou muito emocionada porque tenho muito orgulho em lutar por uma bandeira e um país, sabendo que estou perto de concluir o objetivo”, considerou Rochele Nunes, a piscar o olho aos Jogos Olímpicos de Tóquio deste verão.
A judoca venceu a alemã Lucht e a bósnia Ceric, antes de cair nas meias-finais com a francesa Fontaine. No último combate, imobilizou a ucraniana Kalinina. “Não poderia sair sem uma medalha. Tinha de dar tudo, o meu coração, o meu sangue, se fosse preciso”, rematou Rochele. Num abraço de felicidade, a selecionadora Ana Hormigo foi levantada no ar por Rochele e depois fez um balanço: “Foi bom quatro medalhas, mas, sinceramente, tínhamos expectativas mais elevadas. Estamos felizes, mas queríamos superar a edição de 2008.”
*