Record (Portugal)

3º LUGAR OBRIGATÓRI­O

FOCO TOTAL AGORA É SEGURAR PRÉ DA CHAMPIONS JESUS DEU PUXÃO DE ORELHAS AO INTERVALO

- FILIPE PEDRAS E VALTER MARQUES

çQuando pouco ou nada o fazia prever, o Benfica perdeu três pontos na Luz frente ao Gil Vicente e logo numa fase em que os encarnados vinham dando corpo a uma série de vitórias consecutiv­as. O desaire ante os gilistas, sabe Record, foi digerido pelo grupo como um verdadeiro soco no estômago, esvaziando muito o balão da fé que se enchera com os dois empates do Sporting nas rondas anteriores. Antes do fecho desta jornada, o Benfica dependia apenas de si para garantir o segundo lugar – vale o acesso direto à próxima edição da Champions –, e estava a nove pontos do líder Sporting, com a possibilid­ade de recuperar três diretament­e. Agora, sai desta ronda 27 não só sem a dita independên­cia, mas também vendo o FC Porto dilatar para seis pontos a vantagem na vice-liderança e o leão disparar para os 12 de diferença. Não bastasse, ainda que não tenha vencido,

ENCARNADOS AINDA ACREDITAM NO ACESSO DIRETO À CHAMPIONS MAS A DISTÂNCIA PARA O 4º LUGAR É BEM MAIS CURTA

o Sp. Braga encurtou a distância para as águias na luta pelo 3º posto. E por esta altura é mais curta (2 pontos) a vantagem para os arsenalist­as do que a diferença (6) para os portistas.

Ora, se a conquista do título já era naturalmen­te vista como algo extremamen­te complicado, com o desaire de ontem, sabe o nosso jornal, até a chegada ao 2º posto já é vista como muito difícil. Afinal, o Benfica terá de vencer os oito jogos que restam (incluindo o clássico com os dragões) e ainda assim esperar que os azuis e brancos percam mais três pontos pelo caminho nas sete jornadas que faltam disputar. Uma conjuntura dura, principalm­ente tendo em conta que, por exemplo, o emblema da Luz tem já uma difícil deslocação ao terreno do Portimonen­se na próxima quinta-feira.

Jesus deu puxão de orelhas

Ao intervalo do embate com o Gil, e já com a equipa em desvantage­m (na altura por 1-0), Jorge Jesus deu um valente puxão de orelhas ao grupo, sublinhand­o que era preciso muito mais intensidad­e e agressivid­ade para ainda mudar o estado das coisas. Na altura, o técnico até mudou o esquema tático e a equipa subiu de rendimento, mas nem assim andou perto de dar a volta a um marcador que os gilistas ainda ampliaram, apesar do posterior autogolo de Vítor Carvalho.

Excesso de confiança

No final do encontro, Jesus resumiu o desfecho com o facto de o Benfica não ter conseguido dar a volta a um Gil Vicente bem organizado e apostado em jogar um “futebol positivo”. E apesar de existirem naturalmen­te explicaçõe­s técnicas e táticas para uma atuação mais cinzenta, Record sabe que a equipa técnica encarnada não deixa de considerar que os jogadores tenham sido vítimas de algum excesso de confiança na primeira parte. Isto, fruto da boa série de resultados assinalada até então, cenário que poderá ter levado alguns jogadores a considerar que seria quase uma questão de tempo até bater os gilistas na Luz. No entanto, houve surpresa com os homens de Barcelos.*

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