BOFETADA NO LÍDER
Maturidade do Estoril permitiu cavar vantagem mas desaceleração custou empate
A reconhecida maturidade do Estoril não demorou muito tempo a impor a sua lei e a fazer estragos frente a um FC Porto B com uma atitude sempre frenética, embora com pouco discernimento no desdobramento, mas que também foi sagaz a rentabilizar ao máximo a soberba da descompressão que o líder patenteou logo após o período de descanso para diluir o marcador. Ponto de equilíbrio, contudo, mais em jeito de prémio para a vontade que os portistas nunca deixaram de patentear, principalmente nos momentos de maior adversidade, perante um Estoril que só precisou de tirar o pé do acelerador durante três minutos para conhecer o preço amargo do empate.
Até lá prevaleceu a consistência de Gamboa a gerir os espaços defensivos e a agilidade e qualidade técnica com que Crespo e Zé Valente solicitaram a velocidade de Vidigal, Aziz e Harramiz. Fio de jogo com critério suficiente para o remate colocado de Aziz e o penálti à Panenka de Zé
Valente conferirem dois golos de conforto até ao período de descanso, mas também o argumento que levou os canarinhos a tirar o pé do acelerador no arranque da etapa complementar. Ideia de gestão, contudo, com mais estática do que o pretendido pelo técnico Bruno Pinheiro e o argumento suficiente para alavancar a reação que permitiu ao FC Porto B estabelecer a igualdade num ápice, na sequência dos bons movimentos de envolvimento desenhados por Fábio Vieira e Rodrigo Conceição a que Boateng e Ndiaye corresponderam com total eficácia. Adrenalina ao rubro e ainda meia hora de jogo pela frente que tanto dragões como canarinhos trataram de explorar sem reservas, mas também já sem a clarividência suficiente para voltar a agitar o marcador, pese embora o par de belas ocasiões que o Estoril teve à disposição para conferir outro colorido ao desfecho.*
“NÃO É FÁCIL ESTAR A PERDER POR 2-0 E EMPATAR FRENTE AO ESTORIL, MAS TAMBÉM NÃO É FÁCIL GANHAREM-NOS” ANTÓNIO FOLHA, tr. do FC Porto B
“NÃO SOUBEMOS AGARRAR-NOS À INTENSIDADE E O ADVERSÁRIO TEVE MÉRITO NA REAÇÃO QUE TEVE” BRUNO PINHEIRO, tr. do Estoril