Record (Portugal)

O DIA DE ZÉ CASTRO

Académica vence jogo marcado pela emoção do defesa-central depois de fazer o 2-0

- NUNO COSTA

Depois de cinco jogos sem vencer na Liga Sabseg, a Académica foi até Lisboa conquistar três pontos no terreno do Casa Pia. Os gansos mostraram-se muito combativos mas a Briosa fez da eficácia a maior arma e aproveitou os erros cometidos pelo adversário para construir um triunfo, diga-se, por números algo exagerados, tendo em conta o que se passou no Estádio

“SÓ TEMOS DE NOS LAMENTAR DE NÓS PRÓPRIOS, POIS NÃO PODEMOS SOFRER OS GOLOS DA FORMA COMO SOFREMOS” FILIPE MARTINS, treinador do Casa Pia

“PERANTE UMA EQUIPA FORTE, MARCÁMOS TRÊS GOLOS E NÃO SOFREMOS. ESTAMOS NA LUTA E SEGUIMOS CONFIANTES” RUI BORGES, treinador da Académica

Pina Manique ao longo dos 90 minutos.

Na primeira metade, os gansos exerceram algum domínio territoria­l mas, contra a corrente do jogo, foi a Académica a inaugurar o marcador, aos 23 minutos, quando, na sequência de um canto batido por Chaby, Matheus Dantas marcou na própria baliza após um primeiro cabeceamen­to de Mike. Na segunda metade, os comandados de Filipe Martins entraram ainda com maior acutilânci­a e criaram, inclusivam­ente, alguns lances de perigo junto da baliza contrária, mas acabaram por ser os visitantes a aumentar a vantagem, aproveitan­do um penálti cometido por Matheus Dantas, o homem mais azarado do jogo, sobre Bouldini. Zé Castro pegou na bola, converteu desde a marca dos 11 metros e não conseguiu evitar as lágrimas, depois de ter estado vários meses ausente a recuperar de uma lesão grave.

A partir desse momento, a Académica passou a deter o controlo da partida e ainda chegou ao 3-0, aos 77’, num pontapé de Mayambela após assistênci­a de Mimito Biai.

No final do jogo, Zé Castro falou sobre as emoções vividas no momento do golo. “Passou-me tanta coisa pela cabeça... Estive sete meses fora por lesão e com esta idade é complicado. A minha paixão pelo jogo é inigualáve­l e faz-me esquecer as coisas más. Tento divertir-me ao máximo porque o futebol só passa uma vez pelas nossas vidas”, disse o central, de 38 anos.

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CERTEIRO. Zé Castro não falhou na marca dos 11 metros

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