O negócio do Bolinha
O anúncio da criação da Superliga Europeia criou uma elucidativa unanimidade. À exceção dos 12 clubes fundadores, todos estão contra. FIFA, UEFA, federações nacionais e até clubes milionários, como PSG e Bayern. Este clube do Bolinha não é para brincadeiras. É movido pelo desejo sôfrego de abocanhar os milhões produzidos pelo futebol e quer constituir-se como um poder alternativo. A reação assanhada dos órgãos de cúpula do futebol mundial está relacionada com o assalto que os 12 estão a preparar aos cofres desta indústria, até agora controlada por eles. Como sintetizou Gary Neville, ex-jogador do Manchester United e agora comentador, o combustível que alimenta estes 12 é a ganância. Esta Superliga irá transformar a essência do futebol, substituindo a paixão pelo entretenimento. Mas poderá ser um grande negócio. Para alguns.