ABEL FERREIRA AMEAÇA BATER COM A PORTA
“Quando eu for problema para o Palmeiras, deixo de o ser”, avisou , após novo jogo sem vencer
De bestial a... contestado. O nulo diante do Botafogo no Paulistão levantou mais uma onda de protestos dos adeptos do Palmeiras e Abel Ferreira viu-se obrigado a dar, de novo, o peito às balas. Os fracassos na Supertaça do Brasil e na Sul-Americana e a derrota diante do São Paulo desencadearam manifestações que resultaram em atos de vandalismo, com mensagens pintadas nos muros do estádio a criticar jogadores, direção e até o treinador. Perante este cenário, o português ameaçou bater com a porta. “Quero deixar um aviso para toda a gente: quando eu for problema para o Palmeiras, deixo de o ser. Da mesma maneira que decidi um dia vir para cá, quando o treinador for o problema do clube, nós resolvemos.” Em tom duro e incomodado com os protestos, Abel Ferreira lamentou que os adeptos “tenham pouca memória”. “As pessoas valorizam a parte negativa. Não tem problema algum. Podem pintar o que quiserem, insultar o que quiserem, vamos lá no outro dia e pintamos tudo, lavamos e colocamos verde outra vez.” E não ficou por aqui, com uma referência aos títulos na Libertadores e na Taça do Brasil: “Só quero que aqueles que escreveram se lembrem um pouco do trajeto que estes jogadores e este treinador fizeram. Se somos um só quando ganhamos, então temos de repensar o nosso lema.
Ou somos todos um ou então não estou aqui a fazer nada.” Sempre com um discurso inflamado, o português assegurou que não desvaloriza o Paulistão. “Não atravessei o Atlântico para vir aqui passar férias. Quando sentir que estou aqui a passar férias, atravesso o Atlântico para o outro lado. Sei muito bem o que quero. Não abro mão de nada, sou mão de vaca. Não há ninguém dentro do clube que queira ganhar mais do que eu”, vincou o técnico, antes de viajar para o Peru, onde na madrugada de quinta-feira defrontará o Universitário, para a Libertadores. *
TÉCNICO LAMENTOU QUE OS ADEPTOS “TENHAM POUCA MEMÓRIA”, RECORDANDO TÍTULOS NA LIBERTADORES E TAÇA