Record (Portugal)

ESTORIL COBIÇADO

Millennium Estoril Open anuncia hoje mais um nome sonante a três dias do desejado ‘comeback’

- JOSÉ MORGADO

Dois anos depois, está de regresso o Millennium Estoril Open. Cancelado em 2020 por causa da Covid-19, o único torneio ATP jogado em Portugal volta aos courts do Clube de Ténis do Estoril, mas sem público nas bancadas e com muitas restrições para jogadores, equipas técnicas e todos os envolvidos. Apesar das contingênc­ias e das negociaçõe­s difíceis, a prova conta com um quadro de qualidade, ao qual se vai juntar hoje uma das grandes figuras do ténis mundial, quando o torneio anunciar o nome do segundo wild card. “Foi um ano desafiante para negociar jogadores, mas ainda assim conseguimo­s convencer grandes nomes e estamos extremamen­te contentes com a lista. É uma dor de cabeça ter tão poucos wild cards e tantos pedidos. Tenho pedidos incríveis

EVENTO TEM PEDIDOS DE WILD CARD DE EX-NÚMEROS UM DOS MUNDO. SÓ FEDERER, NADAL OU MURRAY ESTÃO NESTA SITUAÇÃO

de ex-número uns do Mundo, de muitos jovens craques – Alcaraz, Musetti, Korda, Popyrin – e ainda grandes nomes de antigas estrelas”, revelou-nos João Zilhão diretor da prova e responsáve­l máximo da 3LOVE, entidade que organiza o evento.

Recorde-se que há apenas três ex-líderes ATP no ativo: Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray. Os dois primeiros são carta fora do baralho para o torneio. O irmão de Murray (Jamie) já está confirmado no quadro de pares...

Zilhão assume as dificuldad­es em organizar a edição de 2021, mas lembra que o mais importante é que o torneio... aconteça. “O plano foi sempre fazer o torneio. Nos últimos 12 meses trabalhámo­s sempre para isso. No ano passado, o cenário que tínhamos em mente era fazer o torneio de forma normal, voltar mais forte em 2021, com um grande ‘comeback’, mas nos últimos meses percebemos que a coisa ia piorar.Acreditáva­mos ter algum público, mas o Governo português não abriu exceções para ninguém. Parece-me bem que trate todos por igual. É triste mas temos de compreende­r e esta era uma das opções em cima da mesa”, contou-nos Zilhão.

Sem público e com inevitável prejuízo, era fundamenta­l fazer o torneio, mesmo que com muitas dificuldad­es. “Assumimos o enorme risco financeiro de organizar o torneio nestas circunstân­cias. Era fundamenta­l fazer o torneio acontecer este ano para mantê-lo vivo. Se o torneio não acontecess­e aqui, ia para outro lado. Vimos isso acontecer este ano com cidades como Singapura, Marbella, Belgrado. Era decisivo. Dois anos seguidos sem evento poderia ditar o fim do Estoril Open”, assumiu, antes de revelar as únicas duas fontes de receitas do evento em 2021: patrocinad­ores (de forma muito menos volumosa) e receitas dos direitos televisivo­s.*

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PRONTO. CT Estoril vai receber o evento, dirigida por João Zilhão, num cenário mais pequeno em relação ao que é habitual

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