ESTORIL COBIÇADO
Millennium Estoril Open anuncia hoje mais um nome sonante a três dias do desejado ‘comeback’
Dois anos depois, está de regresso o Millennium Estoril Open. Cancelado em 2020 por causa da Covid-19, o único torneio ATP jogado em Portugal volta aos courts do Clube de Ténis do Estoril, mas sem público nas bancadas e com muitas restrições para jogadores, equipas técnicas e todos os envolvidos. Apesar das contingências e das negociações difíceis, a prova conta com um quadro de qualidade, ao qual se vai juntar hoje uma das grandes figuras do ténis mundial, quando o torneio anunciar o nome do segundo wild card. “Foi um ano desafiante para negociar jogadores, mas ainda assim conseguimos convencer grandes nomes e estamos extremamente contentes com a lista. É uma dor de cabeça ter tão poucos wild cards e tantos pedidos. Tenho pedidos incríveis
EVENTO TEM PEDIDOS DE WILD CARD DE EX-NÚMEROS UM DOS MUNDO. SÓ FEDERER, NADAL OU MURRAY ESTÃO NESTA SITUAÇÃO
de ex-número uns do Mundo, de muitos jovens craques – Alcaraz, Musetti, Korda, Popyrin – e ainda grandes nomes de antigas estrelas”, revelou-nos João Zilhão diretor da prova e responsável máximo da 3LOVE, entidade que organiza o evento.
Recorde-se que há apenas três ex-líderes ATP no ativo: Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray. Os dois primeiros são carta fora do baralho para o torneio. O irmão de Murray (Jamie) já está confirmado no quadro de pares...
Zilhão assume as dificuldades em organizar a edição de 2021, mas lembra que o mais importante é que o torneio... aconteça. “O plano foi sempre fazer o torneio. Nos últimos 12 meses trabalhámos sempre para isso. No ano passado, o cenário que tínhamos em mente era fazer o torneio de forma normal, voltar mais forte em 2021, com um grande ‘comeback’, mas nos últimos meses percebemos que a coisa ia piorar.Acreditávamos ter algum público, mas o Governo português não abriu exceções para ninguém. Parece-me bem que trate todos por igual. É triste mas temos de compreender e esta era uma das opções em cima da mesa”, contou-nos Zilhão.
Sem público e com inevitável prejuízo, era fundamental fazer o torneio, mesmo que com muitas dificuldades. “Assumimos o enorme risco financeiro de organizar o torneio nestas circunstâncias. Era fundamental fazer o torneio acontecer este ano para mantê-lo vivo. Se o torneio não acontecesse aqui, ia para outro lado. Vimos isso acontecer este ano com cidades como Singapura, Marbella, Belgrado. Era decisivo. Dois anos seguidos sem evento poderia ditar o fim do Estoril Open”, assumiu, antes de revelar as únicas duas fontes de receitas do evento em 2021: patrocinadores (de forma muito menos volumosa) e receitas dos direitos televisivos.*