SEGURAR TESOURO COM O CORAÇÃO
Rio Ave bateu na trave e não soube materializar largo domínio que exerceu durante a segunda parte
O Marítimo voltou a ganhar de forma suada, sofrendo até ao último apito de Hélder Malheiro para garantir os preciosos três pontos, fundamentais na luta pela manutenção. Voltou assim a ultrapassar o Farense e aproximou-se mesmo do Rio Ave – já são seis jogos sem vencer – que foi de uma ineficácia gritante.
Num jogo entre duas equipas que, no início da época, esperavam estar agora noutras lutas, o Marítimo foi melhor na primeira parte e podia ter resolvido o jogo. Uma diagonal de Alipour permitiu a Joel marcar o único golo da partida e a vantagem podia ter sido ampliada por Rafik – isolou-se, mas permitiu a defesa de Kieszek – e depois por Cláudio Winck, que cabeceou à trave mesmo à beira do intervalo.
O Rio Ave ameaçou pouco na fase inicial, mas veio para a segunda parte com outra atitude. Bem posicionado, o Marítimo deu estrategicamente a bola ao adversário, baixando as linhas e procurando segurar o tesouro – leia-se três pontos – com muita assertividade e sobretudo... coração, consciente de que não podia falhar nesta nova ‘final’. Rui Santos, que dirigiu a equipa no banco face ao castigo de Miguel Cardoso, foi lançando unidades frescas para o ataque, procurando outro esclarecimento no último terço, mas ter mais bola, mais cantos e mais remates de pouco valeu aos vila-condenses. Com um pouco de fortuna também do lado dos madeirenses, que viram Guga – um dos melhores em campo – rematar à trave e ainda Amir negar a recarga de Jr Brandão. O iraniano, de resto, já tinha sido decisivo ao negar uma finalização a Fábio Coentrão, que a determinada altura do jogo já era mais um avançado.
Os verde-rubros pouco conseguiram sair nesta fase, raramente logrando respirar com bola face ao domínio do adversário, mas acabaram por ser pragmáticos e levar a água ao seu moinho. Seguem-se outras batalhas. *
MADEIRENSES GANHARAM VANTAGEM NO CONFRONTO DIRETO, TAL COMO EM RELAÇÃO AO FARENSE E AO NACIONAL