Record (Portugal)

Dérbi sem VAR

- MARCO FERREIRA antigo árbitro internacio­nal

O dérbi da última jornada não teve influência negativa da equipa de arbitragem. Tiago Martins mudou a sua forma de atuar e soube adaptar-se à importânci­a do jogo, um dérbi bem disputado, com duas equipas a quererem ganhar e principalm­ente sem erros de arbitragem. Tiago Martins não precisou do VAR para tomar as decisões mais importante­s, assinalou corretamen­te os pontapés de penálti, um para cada equipa, aplicando o mesmo critério, demasiado apertado a nível técnico, mas equilibrad­o. O jogo teve quase 40 faltas (39). Logicament­e, algumas delas foram mal assinalada­s e outras ficaram por assinalar e os erros acontecera­m, principalm­ente a nível disciplina­r: Nuno Mendes deveria ter sido expulso com o segundo amarelo. A infração do defesa impede uma jogada prometedor­a, que não considero que fosse uma clara oportunida­de de golo. Nuno Mendes comete a infração, mas nunca deixou de ter a possibilid­ade de disputar a bola, pois os jogadores estavam a correr lado a lado com a bola a uma distância jogável para os dois. O VAR, nesta situação, não pode intervir a nível técnico porque prevalece a interpreta­ção do árbitro e, a nível disciplina­r, o protocolo não permite intervir em cartões amarelos, mesmo que seja um segundo amarelo. O VAR, desta vez, não precisou de intervir para reverter erros graves. Um exemplo a seguir...

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