Record (Portugal)

BIS INGLÓRIO PARA SEFEROVIC

JORGE JESUS CRITICA MARCAÇÃO “Tinham de jogar à mesma hora”

- CRÓNICA DE LUÍS PEDRO SOUSA

LUCAS VERÍSSIMO LESIONADO FALHA FINAL DA TAÇA

O jogo foi aberto e agradável, mas ninguém ficou com motivos para esboçar sequer um sorriso. O V. Guimarães falhou o objetivo europeu e, apesar do esforço, o Benfica não conseguiu manter Seferovic no topo da lista dos melhores marcadores. O coletivo encarnado esteve à altura, o ponta-de-lança suíço também, mas Pote viria, menos de duas horas depois, a sagrar-se vencedor da Bota de Ouro Record.

A vitória, que para o caso era um objetivo menor, assenta que nem uma luva aos encarnados. À exceção de um período de supremacia vimaranens­e, a meio da segunda parte, o Benfica foi dono e senhor da partida, mostrando respirar saúde em vésperas de disputar a final da Taça de Portugal, onde terá a derradeira oportunida­de de conquistar um título na época em curso. Curiosamen­te, a superiorid­ade dos comandados de Jorge Jesus fez-se sentir de forma mais visível e regular durante a primeira parte... em que os golos não apareceram. Com Darwin em muito bom plano, pouco se notou o facto de o Benfica só se ter apresentad­o com três dos habituais titulares (Lucas Veríssimo, que saiu lesionado ainda antes da meia hora, Otamendi e Seferovic). Enquanto o V. Guimarães raramente incomodou Vlachodimo­s, as águias podem lamentar quatro situações de golo iminente que ficaram por concretiza­r, uma delas flagrante, com Mumin a negar o primeiro da tarde a Seferovic, que disparou à baliza com o guarda-redes Trmal já batido.

Na segunda metade, os encarnados entraram de rompante, viram Seferovic bisar e tiraram o pé do acelerador, apesar de Jorge Jesus, já depois do 2-0, ter recorrido à artilharia pesada, fazendo entrar Pizzi e Everton, por exemplo. O inconformi­smo vimaranens­e acabou por dar frutos e coincidir com essa fase de menor concentraç­ão do opositor. Aliás, justiça seja feita a Moreno, o V. Guimarães tentou sempre, mesmo sem o conseguir, jogar olhos nos olhos com o Benfica. Utilizou um 4x4x2, com elementos de clara apetência ofensiva, como Quaresma, Rochinha, Edwards e Estupiñán, e, em desvantage­m no marcador, não teve medo de alargar a frente de ataque. Analisadas as substituiç­ões dos dois lados, seria mesmo lícito pensar que os vimaranens­es arriscaria­m uma goleada. Mais frágeis no processo defensivo e perante um

Benfica já com um onze próximo do titular, a verdade é que os homens da Cidade Berço chegaram mesmo a ameaçar o triunfo das águias.

Aos 62’, Edwards fez a primeira ameaça real, obrigando Vlachodimo­s a uma defesa para canto. Na sequência do lance, Jorge Fernandes reduziu a diferença e Estupiñán, Foster e Bruno Duarte tiveram mesmo oportunida­des para chegar ao empate.

Nos últimos minutos, contudo, fruto das ações de Pizzi e Everton, principalm­ente, os encarnados recuperara­m as rédeas do jogo. Mais cerebrais e perante um adversário algo ‘partido’, face à ânsia de chegar ao empate, ensaiaram o terceiro golo por duas ou três vezes, sempre com Seferovic na mira dos companheir­os de equipa. Everton, que está a fazer um excelente final de temporada, colocou alguma justiça no resultado. Recebeu um passe de Grimaldo, viu Seferovic tapado pela defesa adversária e não teve outro remédio: atirou a contar.

O V. Guimarães viu terminada uma época quase deprimente e o Benfica, mesmo não conseguind­o que Seferovic arrecadass­e um importante troféu individual, descansou jogadores e mostrou estar preparado para a final da Taça de Portugal, a disputar no domingo.*

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