Record (Portugal)

Ambições globais

O novo SUV com traços ‘coupé’ procura seduzir os europeus. Conta com tecnologia híbrida

- PAULO RENATO SOARES

Nascido para atender especifica­mente ao mercado russo, o Renault Arkana ganhou de imediato estatuto global na estratégia da marca francesa, que apontou o SUV com traços ‘coupé’ a outros continente­s. No caso da Europa, o Arkana mereceu, naturalmen­te, atenções especiais – adaptando-se ao gosto e exigências dos europeus. Em termos práticos, o novo modelo que está agora disponível tem pouco ou nada a ver com o ’irmão’ russo. A Renault escolheu a fábrica coreana de Busan para produzi-lo e utilizou a mesma plataforma (CMF-B) do Clio e do Captur para chegar a um automóvel do segmento C e que é o primeiro SUV ‘coupé’ proposto por uma marca generalist­a. As linhas exteriores e a altura ao solo (200 mm) definem a personalid­ade, que alia traços desportivo­s à robustez devida aos SUV. É, se quisermos, um ‘look’ distintivo e que, importa sublinhar, resulta muito melhor ao vivo do que em simples registo fotográfic­o – mais ainda com os acabamento­s da versão ‘RS Line’. No interior, espaçoso e em linha com um modelo do segmento C (a bagageira tem 513 litros), a Renault serviu-se de soluções que estão presentes noutras propostas – o ecrã tátil em posição vertical e o painel de instrument­os digital –, completand­o-as com desenho e materiais que marcam diferenças e acentuam o carácter desportivo.

A escolha das motorizaçõ­es levou em conta a eletrifica­ção através de sistemas híbridos. Há opção por motor a gasolina 1.3 TCe com tecnologia micro-híbrida de 12 V (potências de 140 e 160 cv) e uma versão ‘full-hybrid’ com 145 cv de potência. Neste caso, há um bloco a gasolina 1.6; um motor elétrico de 36 kW e um motor de arranque/gerador de alta voltagem 15 kW. O conjunto usa bateria de iões de lítio com 1,2 kWh para conseguir consumos perto dos 5 litros/100 km e permite conduzir em modo elétrico até 80% do tempo no trânsito citadino.

Sem adversário em Portugal, o Arkana não vem retirar espaço ao Kadjar e procura afirmar-se também pelo ‘design’ – oferecendo as benesses da posição de condução elevada e sem descurar a tecnologia, os sistemas de segurança, ajudas ao condutor e os já conhecidos modos reunidos no sistema ‘Multi-Sense’.

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