BRILHANTE OURO SOBRE AZZURRA
Itália conquista segundo título europeu da história após batalha que teve Donnarumma como herói
A Itália é campeã da Europa pela segunda vez na história. A seleção transalpina, que sucede a Portugal, fez a festa do título 53 anos depois de ter vencido em casa, após uma longa batalha com a Inglaterra que coroou Donnarumma como uma das grandes figuras desta equipa: o gigante guarda-redes defendeu dois penáltis no desempate depois da igualdade (1-1) no final dos 120 minutos –que, na realidade, foram 134, com a compensação. A verdade é que a Inglaterra até começou melhor, com um golo que apanhou toda a defesa italiana de surpresa. Luke Shaw ganhou a bola ainda no meio-campo defensivo e foi lá à frente responder ao cruzamento de Trippier com um remate de pé esquerdo, sem hipóteses para o guardião transalpino. Estava feito o golo mais rápido de sempre numa final de um Campeonato da Europa (1,57 minutos). Parecia que o calor de Wembley ia empurrar a Inglaterra para a primeira vitória de sempre num Europeu mas... o futebol que se viu a seguir foi demasiado conservador e sem um rasgo de criatividade. Ao contrário da Itália, que, apesar de não ter conseguido, durante a primeira parte, furar o muro que Southgate construiu no meio-campo, partiu depois para uma exibição que tornaria injusto qualquer outro resultado que não o triunfo nesta final. A entrada de Cristante deu mais poder físico e capacidade de choque em zonas adiantadas e a equipa de Roberto Mancini, que até foi entregando as despesas a Chiesa na esperança de que o extremo da Juventus resolvesse – enquanto lá atrás Chiellini dominava em todos os momentos –, chegou mesmo ao empate num lance confuso que terminou com o golo de Bonucci, a encostar numa recarga após Pickford ter defendido para o poste um remate de Verratti. Nesta altura, os ingleses, que tanto queriam que o troféu ficasse ‘em casa’, limitavam-se a ver a Itália trocar a bola e os 71 por cento de posse para os transalpinos mostravam essa superioridade. Depois de um prolongamento combativo, sempre com a ‘squadra azzurra’ por cima, chegaram os penáltis, trágicos para dois jovens ingleses: Rashford e Sancho entraram aos 120’, praticamente para o desempate, e falharam. Foi ouro sobre azul.
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INGLATERRA MARCOU CEDO MAS A PARTIR DAÍ IMPEROU O CONSERVADORISMO E A ‘SQUADRA’ DOMINOU