Pepa foca-se na reação como “algo inegociável”
Pepa fez o balanço do estágio em Tróia em forma de documentário e levantou claramente a ponta do véu sobre os princípios que quer ver implementados na nova época. “Quem olhar para nós vai ter de perceber esta equipa unida e preparada para enfrentar todas as dificuldades”, começou por avisar o treinador do Vitória, registando que se fala “muito do espírito de grupo e de um balneário forte, mas isso são coisas que não se conquistam com um simples estalar de dedos”, daí a relevância de um estágio para que se “criem laços e ligações entre todos”. Uma das preocupações do treinador, de resto, foi a reação quando se perde a bola, “algo que é inegociável” na visão do técnico e deve ser uma imagem de marca da equipa. É nesta parte do documentário que se ouve Pepa, em pleno relvado, num momento de correção e até a falar inglês, insistindo que a reação do jogador à perda de bola tem de ser uma imagem de marca da sua equipa.
“Sempre que eu não reagir é menos um homem. Vamos cobrar a reação porque para a semana ela vai melhorar. A condição física ajuda a decidir, mas reagir é na hora. Habitua! Quem não reagir aqui não tem hipóteses de jogar! Nenhuma! Perdeu, reage! Isto depois contagia e vai ser normal”, deixou bem claro Pepa, assumindo mais à frente que “não há nada melhor do que a cobrança entre pares”, daí que seja a própria equipa técnica a “criar esta dinâmica de promover a concorrência entre todos, às vezes até num simples exercício.” “Nem a feijões se pode perder”, é o lema do treinador, que vai estar sempre a elevar a fasquia. “Ganhar os jogos da pré-época não é o mais importante, mas queremos ganhar sempre. Depois temos de olhar para a construção de uma equipa e não podemos nem devemos ter pressa. Nesse aspecto, temos de ser pacientes e seguirmos o nosso rumo e o nosso caminho”, assumiu, sem admitir “desvio a esta norma”. *