As tarefas de Rui Costa
As deliberações do plenário dos órgãos sociais do Benfica foram ao encontro das pretensões da generalidade dos sócios, nomeadamente no anúncio de eleições até final do ano. As urgências imediatas do clube e da equipa de futebol desaconselhavam um período de campanha eleitoral durante o verão, com as dúvidas que isso poderia gerar na condução dos destinos do clube.
Até às eleições, que não têm data marcada, muita água irá ainda correr sob as pontes. Os resultados da equipa de futebol serão, seguramente, o fator mais pesado no momento de colocar o voto nas urnas. Mas, até lá, seria benéfico que os atuais dirigentes definissem regras bem mais democráticas e transparentes do que aquelas que foram utilizadas nas últimas eleições – colocar os órgãos de comunicação do clube à disposição de todas as candidaturas, permitir a contagem dos votos físicos e definir regras claras para todos. Só assim o presidente que vier a ser eleito terá descanso e poderá assumir-se como o presidente de todos os benfiquistas.
Quando ultrapassar as missões a que se propôs perante os restantes órgãos sociais, Rui Costa e a atual direção terão de definir um rumo. E, como parece cada vez mais que o vieirismo é uma ideologia tóxica nesta altura, será interessante perceber qual o posicionamento de todos os dirigentes perante o terramoto causado pelas investigações do Ministério Público.