Record (Portugal)

UM PAR DE DIAS BASTA PARA RECHEAR O MEIO

Depois de Daniel Bragança ter mostrado que pode fazer esquecer João Mário, ontem foi a vez de Tabata mostrar serviço, enchendo o campo com ligação entre setores, capacidade de construção e temperar tudo a seu gosto. Amorim perdeu um indiscutív­el, mas quan

- BRUNO FERNANDES

MAX 3

Jogo atento do jovem guarda-redes que nada podia fazer no golo apontado por Ali Ndour, cujo disparo doi indefensáv­el após belo trabalho individual. Saiu-se sempre bem, como mandou Rúben Amorim.

NETO 2

Perdeu demasiado tempo nos segundos antes do 1-1 e deixou Ali Ndour ir por ali fora: quando se esticou para lhe cortar caminho, já era tarde. Algumas dificuldad­es disfarçada­s com esforço e raça.

FEDDAL 3

É sobre ele que o artilheiro azul ‘baila’ no empate, mas o marroquino foi já a solução de recurso num lance onde é Neto quem começa por errar. De resto, muitos e bons cortes. Acabou cansado, sem forças mas com o dever de ter cumprido aquilo que lhe pediram.

RODRIGO FERNANDES 3

Mais uma adaptação de Amorim que parece estar a dar resultado: saídas limpas com bola atrás, uma delas com... um túnel. Mostrou a tranquilid­ade que para muitos é a irreverênc­ia da inexperiên­cia. Foi ele muitas vezes a tapar as subidas de Nazinho, assim como o primeiro homem a encostar a Max para o desafogar da pressão azul.

PORRO 2

Infelicida­de aos 5’, face à lesão preocupant­e no tornozelo esquerdo que travou uma entrada interessan­te, dinâmica e com o remate que acabou no duplo desvio de Sandro para a sua baliza. As muletas que o apoiavam à saída do estádio não são um bom sinal...

ESSUGO 3

Meia parte de músculo e boas decisões de um miúdo de 16 anos, mas que tem futebol para dar e vender. Parece que cresce mais rápido que os outros; ontem foi uma muralha, mas também um fio condutor nas saídas de bola, com reparos mas também elogios vindos do banco de suplentes, nomeadamen­te do seu treinador. E tudo isto em apenas 45 minutos...

JOVANE 3

Um jogo ao seu nível, mas sem grandes oportunida­des: sempre bem marcado é, ainda assim, seu o golo do 2-1, através da marcação de um penálti sem mácula. O novo 10 deu lugar a Pote ao intervalo para gerir a sua condição físi- ca.

NUNO SANTOS 3

Na raça e no querer, tentou levar a sua avante, sendo bastante fustigado pelos adversário­s. Nunca virou a cara à luta e deu largura ao corredor, bem acompanhad­o por Nazinho. Acabou com uma rotação acima da média em relação aos colegas.

TIAGO TOMÁS 3

Teve a difícil missão de ser o homem mais adiantado, mas demonstrou que mantém os mesmos princípios, os de ser o elemento de fim de linha, que arrasta os adversário­s e abre espaços para outros poderem criar e finalizar. Tentou, também ele, concretiza­r, mas desta vez sem sucesso.

PALHINHA 2

O patrão do meio-campo surgiu no lugar de Dário Essugo e quis ar- rumar a casa, ainda que com a normal falta de ritmo de quem chegou já em pleno estágio. Faltou ‘timing’ a chegar a algumas bolas, mas isso vai-se ganhando com o tempo.

POTE 2

Irrequieto, leve e atrevido, Pote foi outro dos internacio­nais AA por Portugal lançados por Rúben Amorim no jogo. Tal como Palhinha, também sentiu algumas dificuldad­es para apanhar o ritmo dos colegas, tentando compensar com bons posicionam­entos e passes para o sítio certo. Nem sempre saíram da melhor forma, mas fica o registo da vontade do goleador.

NUNO MENDES 2

Não estaria nos planos do técnico do Sporting lançar o lateral-esquerdo em campo, mas a lesão de Porro e ‘proibição’ de Vinagre em fazer mais do que 45 minutos acabaram na sua entrada. Fechou o lote dos internacio­nais que ainda picam bilhete no comboio da pré-época. Mas a qualidade está lá e viu-se num ou noutro corte, assim como num par de recuperaçõ­es que lhe exigiram sprints.

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