MEITÉ QUASE FEITO
NEGOCIAÇÕES ADIANTADAS PELO MÉDIO DO TORINO
JORGE JESUS MUDOU EQUIPA QUASE TODA AO INTERVALO E QUALIDADE DE JOGO NA 2ª PARTE FOI INFERIOR
A jogada durou um minuto e três segundos, teve 24 passes e incluiu todos os jogadores de campo, exceto Carlos Vinícius. Foi, sem dúvida, o melhor momento do Benfica contra o Casa Pia e com o bónus de ter resultado em golo. Além da finalização de Gonçalo Ramos, destaque para a forma como o avançado a preparou: ‘escondeu-se’ atrás de Vinícius na grande área, atacou o espaço livre e cabeceou. Houve outros momentos em que a equipa do Benfica também teve dinâmica, principalmente na 1ª parte, embora com menos sucesso na hora de rematar. O exemplo mais grave foi o de Vinícius. Rafa – explorou zonas interiores para receber entrelinhas – deixou o brasileiro isolado e a finta sobre o guarda-redes parecia indiciar o golo que só não aconteceu porque o remate, incompreensivelmente, saiu às malhas laterais.
João Mário, oficializado esta semana como jogador do Benfica, estreou-se e logo como opção de Jorge Jesus para o onze inicial. Foram apenas 45 minutos, tempo suficiente para o médio mostrar o que pode dar às águias. Critério e tomada de decisão com bola, quando passar, segurar ou arrancar. O ritmo não foi muito elevado, algo coletivo em muitos momentos do jogo e não propriamente individual, mas tendo em conta que o médio fez poucos treinos com os novos colegas, o entrosamento foi bastante interessante.
Gilberto e Gil Dias, os laterais, tiveram alguns problemas no controlo da profundidade quando Jota e Godwin foram lançados em velocidade, ainda que sem grandes lances de perigo para o Casa Pia. No caso do brasileiro, claramente mais forte a atacar do que a defender, até Jorge Jesus, que assistiu ao jogo fora do banco e junto à linha lateral, fez questão de chamá-lo à atenção.
Tudo mudou
Curiosamente, Gilberto foi o único jogador do Benfica que não foi substituído ao intervalo – sairia mais tarde para a entrada de Paulo Bernardo, médio adaptado a lateral-direito no jogo de ontem. Com novas caras, o problema das águias acabou por ser o mesmo. Zidane Banjaqui atacou o espaço nas costas da defesa e foi derrubado por Samaris. Utilizado como defesa-central, o grego não teve velocidade para acompanhar o adversário e optou pela solução que lhe restava: cometer penálti.
O Benfica sofreu o empate, mas recuperou a vantagem com um autogolo num dos poucos momentos perigosos na 2ª parte. A vitória encaixa melhor às águias, mesmo que o resultado não seja o mais importante nesta fase da preparação.
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