SOARES DE OLIVEIRA TAMBÉM SUSPEITO
Assinatura em contratos sob investigação deixam administrador da SAD na mira das autoridades
Domingos Soares de Oliveira, administrador da Benfica SAD, também é suspeito no mesmo processo de Luís Filipe Vieira, noticiou ontem o ‘Novo’. De acordo com o referido semanário, as assinaturas em contratos de transferências investigados colocam aquele responsável na mira das autoridades. O ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi detido na semana passada, no âmbito da operação ‘Cartão Vermelho’. Entre os vários factos da investigação levada a cabo por Ministério Público e Autoridade Tributária, há indícios de ter desviado 2,5 milhões de euros da SAD para amortizar passivo das suas empresas e negociar imóveis,
ÁGUIAS ESTÃO TRANQUILAS, POIS SUBLINHAM QUE O CEO NÃO FOI ALVO DE BUSCAS, NEM É ARGUIDO NO PROCESSO
num alegado esquema que envolvia o empresário de futebol Bruno Macedo.
De acordo com o ‘Novo’, há outros elementos dos encarnados que, embora não tenham sido constituídos arguidos ou alvo de buscas, encontram-se na mira das autoridades. A investigação acredita que houve conluio ou conivência.
Os estatutos da SAD determinam que tem de haver assinaturas de dois administradores para vincular a sociedade. A de Soares de Oliveira surge no “contrato de cessão definitiva de direitos económicos do jogador César Martins”, firmado a 4 de julho de 2014, entre Trade In e Benfica. As águias foram representadas “pelo seu presidente do conselho de administração, Luís Filipe Vieira, e pelo vogal do conselho de administração, Domingos Soares de Oliveira”, como se lê no despacho do juiz Carlos Alexandre. Confrontados por Record com esta notícia, os encarnados reagiram com tranquilidade, lembrando que Soares de Oliveira não é arguido no processo nem foi alvo de buscas no âmbito da operação ‘Cartão Vermelho’. Além disso, as assinaturas do homem-forte das finanças – está no Benfica há 18 anos – constam em praticamente todos os contratos da SAD, por ser o CEO. Os outros contratos referidos no despacho da acusação referem-se aos paraguaios Derlis González e Cláudio Correa.
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