Um coelho tirado da cartola
çTabata foi a surpresa de Rúben Amorim no miolo sportinguista com o Belenenses SAD , ao lado de Essugo (primeira parte) e João Palhinha (depois do intervalo). Não se trata de uma invenção descontextualizada do treinador leonino (o jogador encarregou-se de afirmar que conhece bem a tarefa) mas é difícil não encarar a experiência como um coelho tirado da cartola. O brasileiro, que em Portugal, no Portimonense e em Alvalade, atuou sempre longe do centro das operações, foi o maestro, revelando sentido de organização, qualidade de passe, facilidade em ter a bola, alimentar a circulação burocrática e descobrir linhas fraturantes à sua frente. Jogador de enorme qualidade técnica, íntimo da bola e com um arsenal criativo inesgotável, terá apenas de adquirir a autoridade necessária para comandar as tropas e apetrechar o seu jogo da intensidade exigida pela função. No fim do duelo com os azuis do Jamor, o resultado do teste fica reduzido a uma pergunta: como é que ninguém se lembrou disto antes?