Record (Portugal)

MATHEUS EM FORMA E OS FERROS TAMBÉM

Cinco caras novas no onze minhoto, num jogo de pouca clareza à frente, mas com baliza trancada

- ANDRÉ GONÇALVES

O Sp. Braga não foi além de um empate sem golos na primeira partida da pré-época à vista de todos (pela televisão), num jogo em que não deslumbrou e até passou por muitas dificuldad­es do ponto de vista defensivo. Convém sublinhar que os guerreiros apresentar­am-se com cinco caras novas em relação à época anterior – Paulo Oliveira, Tiago Esgaio, Roger, Fábio Martins e Mario González –, ao passo que o Farense entrou com uma base que transitou de 2020/21, com a exceção ao reforço Vasco Lopes. E isso tem o seu peso numa pré-temporada...

O Sp. Braga apostou no modelo camaleónic­o que vem do ano passado, ainda que a dada altura Sequeira tenha subido bastante pelo corredor, solicitand­o o recuo de Al Musrati para fazer a saída a três. E apostou praticamen­te no mesmo onze que tinha entrado na goleada (4-0) sobre o Moreirense, com a única novidade a ser Bruno Rodrigues. Foi um dos elementos de uma defesa que passou por muitos calafrios ao longo do duelo, atendendo aos processos já enraizados pelos algarvios no jogo corrido e na bola parada. Ao Sp. Braga valeu Matheus, que mostrou estar em forma com um punhado de defesas determinan­tes, mas também os ferros da sua baliza: aos 16’, Paulo Oliveira viu a trave evitar um autogolo; aos 62’ foi Fabrício a rematar em cheio no poste. Já para não falar do corte ‘in extremis’ de Paulo Oliveira aos 24’...

O Sp. Braga esboçou algumas combinaçõe­s interessan­tes no plano ofensivo, a partir dos corredores e solicitand­o Fábio Martins, Ricardo Horta e até as movimentaç­ões de Mario González. Mas também houve algumas más decisões no último terço. A equipa criou lances de perigo, com finalizaçõ­es desenquadr­adas por muito pouco, e os guardiões algarvios foram testados apenas num par de ocasiões, graças a Roger e Vítor Oliveira. Roger foi de novo titular. Foi visível a vontade de fazer bem o

FARENSE TEVE OS MELHORES LANCES DE GOLO; GUERREIROS CRIARAM PERIGO, MAS NÃO FORAM FELIZES NA DECISÃO

seu papel, tem muita velocidade e não desiste de uma bola. E isso já é um bom princípio aos 15 anos. A maturidade virá com a experiênci­a e com o tempo, tal como as conexões de todo o coletivo arsenali sta que, ontem, nem sempre correram bem. *

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SEGURO. Matheus esteve em grande plano

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