CAOS NO AEROPORTO
Greve da Groundforce obriga a alterações no programa das viagens para Tóquio’2020
A Seleção de andebol, os tenistas João Sousa e Pedro Sousa, e o skater Gustavo Ribeiro viveram ontem momentos atribulados na partida para Tóquio, onde irão disputar os Jogos Olímpicos. A greve da Groundforce obrigou ao cancelamento de vários voos, pelo que as respetivas comitivas tiveram de encontrar alternativas. O Comité Olímpico de Portugal (COP) foi obrigado a alugar um charter, desde Faro até Paris, de onde seguiria depois para Tóquio, deslocando a missão, em autocarro, de Lisboa até ao Algarve. A logística obrigou a que nove elementos da comitiva fossem testados novamente à Covid-19, por se atrasarem na chegada. E embora os jogadores de andebol não tivessem essa necessidade, o selecionador Paulo Pereira protestou: “Sempre fui defensor dos direitos humanos, mas dou por mim a pensar até que ponto é que os direitos de uns afetam os direitos de outros. As pessoas devem lutar pelos seus direitos, mas o que sinto é que estão a afetar o meu direito. É penoso o que está a acontecer.” Pereira ficou agastado por ter de improvisar, numa altura em que começou a contagem decrescente para o embate com o Egito (no dia 24). “Estivemos a adaptarmo-nos ao jet lag e agora não sabemos quando vamos chegar. Os jogadores vão chegar ao Japão rebentados. Não é um cataclismo e as ambições não estão comprometidas, mas vamos ter de nos adaptar”, frisou. José Manuel Constantino, presidente do COP, ironizou com a situação. “Os membros da Missão têm de estar preparados para acontecimentos pouco habituais. Isto é tão complicado quanto o apuramento olímpico. Vamos ver se ficam por aqui as surpresas”, adiantou.
Os cinco atletas que deveriam viajar hoje só o farão amanhã, designadamente as judocas Patrícia Sampaio e Rochele Nunes, e as surfistas Teresa Bonvalot e Yolanda Sequeira, desde Lisboa, além da ciclista Raquel Queirós, que viajará desde o Porto.
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