LEÃO VIROU À ESQUERDA
METADE DOS FUTEBOLISTAS SÃO CANHOTOS
Tantos anos de futebol e parece ainda estar por provar o porquê de os canhotos terem uma aura diferente, quase divina: Maradona, Messi, Rivaldo e até o ‘nosso’ Paulo Futre são exemplos de como um pé esquerdo pode fazer estragos ímpares. Se os destros também os fazem? Claro que sim, mas o facto de haver uma maioria de jogadores que se guiam pela perna direita em campo torna esses tais ‘magos’ quase imprevisíveis.
DE ADÁN A GONÇALO INÁCIO, PASSANDO POR BRAGANÇA ATÉ PAULINHO, SPORTING MOSTRA QUE SABE VIRAR... À ESQUERDA
E é essa imprevisibilidade que Rúben Amorim, sabe Record, gosta, tanto que encheu o plantel do Sporting com vários esquerdinos, ao ponto de em Lagos, no Algarve, estarem presentes… 15, com o 16.º, Plata, em vias de ser integrado, após cumprir férias. Olhe para o quadro anexo a esta peça e entenda que de todos os nomes que lá encontra só dois (Rodrigo Fernandes e Plata) se tinham estreado pela equipa principal dos leões antes do atual técnico assumir o comando da equipa: não que todos tenham já tido essa oportunidade oficial – Nazinho, Tiago Ferreira ou Geny Catamo são alguns exemplos de quem ainda aguarda pela sua vez –, mas muitos já ajudaram a pintar uma época a ouro, a última, que acabou com o título. Do “jogo a jogo” à “união”, muitas foram as razões evocadas para o sucesso recente dos verdes e brancos, mas facto é que dentro de campo é preciso ser competente e… ter competências especiais. Puxando a fita trás, Amorim acredita que é mais difícil para um adversário como abordar um futebolista canhoto, ainda mais quando estes jogam do lado oposto, ou seja, à direita. Se perspetivarmos um onze rumo à nova época tendo como base o último ano desportivo, é na baliza que arranca a escalada dos esquerdinos, com Adán iniciar a construção, que também passa por Inácio e Feddal. Nuno Mendes dá propensão e rasgo à esquerda, tal como Nuno Santos. Ao meio, Bragança e Tabata lutam pela vaga de João Mário; para a ‘ponta’, há Paulinho.
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