“Liguei logo ao meu pai e disse que ia eliminá-lo”
Afonso Sousa vai ter um encontro especial frente ao Mafra, liderado por Ricardo Sousa
Sábado vai ser um dia muito especial para os Sousa, família com história no futebol português. Afonso, do Belenenses SAD, é um talento de terceira geração e vai entrar em campo para defrontar o pai, Ricardo, treinador do Mafra, na primeira eliminatória da Allianz Cup. Para falar deste embate (e não só) o craque dos azuis visitou o Podcast Record
e deixou bem claro que tem sido muito chato para o pai. “Depois do sorteio, liguei-lhe logo e disse que ia eliminá-lo, que ia gozar com ele, rebentá-lo... Isto já tinha acontecido num jogo-treinoFelgueiras-FC Porto e eu na altura estava sempre a picá-lo, por isso imaginem agora. Tenho de colocar tudo de parte, ganhar o jogo e depois picá-lo ainda mais”, atira o médio, de 21 anos, transparecendo também o lado emocional desta partida: “Vai ser um momento especial, bonito e muito importante para os dois. Vai ser um misto de emoções porque quero que o meu pai ganhe sempre, mas aqui não.” Se Petit assim o entender,
Afonso Sousa vai entrar em campo com o 10 nas costas, número que Ricardo Sousa envergou no FC Porto. Será que vai sentir esse peso? “Não, nada. Para além de ser o número dele, tal como o 28 era, o 10 é um número que me define como jogador e foi por isso que o escolhi”, refere o jogador que, com um pouco de provocação saudável à mistura, diz querer sair da sombra do pai e do avô António, que foi campeão europeu pelo FC Porto em 1987. “Como quero ser conhecido? Como melhor do que eles os dois!
Sei que é difícil, mas é algo que quero alcançar. Quero ser conhecido pelos títulos do meu avô e pela qualidade técnica do meu pai, juntar as duas coisas seria perfeito!”
A confiança está alta e a ambição? Para descobrir, perguntámos ao criativo onde se vê daqui a cinco anos. “Quanto mais alto pensarmos, mais alto vamos chegar. Por isso aponto ao meu sonho, que é estar no topo, jogar a Liga dos Campeões num dos melhores clubes do Mundo. É para isso que trabalho todos os dias e, se não conseguir, saberei que dei tudo de mim para o conseguir”, salienta.
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“QUERO SER MELHOR DO QUE ELES. JUNTAR OS TÍTULOS DO MEU AVÔ À QUALIDADE DO MEU PAI SERIA PERFEITO”, DIZ