O presente e o futuro
Em condições normais, Rui Costa será um bom candidato à presidência do Benfica. Em condições anormais, também. Isto é: se decidir ir a votos no ato agendado para o final deste ano, o maestro terá sempre boas hipóteses de ganhar, mesmo que a sua força esteja diretamente ligada aos resultados desportivos da equipa de futebol até essa altura. Até lá, tem uma oportunidade de ouro para mostrar capacidade para desempenhar as funções que há muito lhe eram prometidas. De futebol, a grande força motriz do clube, Rui Costa percebe como poucos. O mesmo não se aplica noutras áreas, como a financeira ou a jurídica, e é por isso que será fundamental que se rodeie de escudeiros competentes e leais para ser bem-sucedido.
Será importante perceber
as movimentações internas que vão ocorrer dentro do Benfica nos próximos meses. Mais do que um nome agregador nas últimas duas décadas, Luís Filipe Vieira foi um chapéu à sombra do qual muita gente se foi acomodando – alguns, inclusive, ‘recrutados’ à oposição. Com o fim abrupto da presidência de Vieira, será curioso perceber quantos dos que acompanharam o agora ex-presidente irão entrar nas contas de Rui Costa para uma eventual lista, caso este decida mesmo avançar para eleições. Esses interesses individuais irão motivar jogos estratégicos internos que serão mais um problema para os interesses coletivos do Benfica.