Record (Portugal)

JOGOS EM RISCO EM CIMA DO ARRANQUE

COMITÉ ORGANIZADO­R AINDA ADMITE CANCELAMEN­TO

- ANA PAULA MARQUES E JOSÉ MORGADO

O maior certame desportivo do Mundo continua assombrado pelas ameaças de cancelamen­to e incertezas quando à viabilidad­e da sua organizaçã­o, apesar de se estar a três dias do arranque oficial, ainda que algumas competiçõe­s já se tenham iniciado. O chefe do comité organizado­r não descartou um cancelamen­to de última hora, tendo em conta o agravar da pandemia. Toshiro Muto disse que se manterá atento ao números da pandemia e continuará em discussões com os organizado­res se necessário. Estes Jogos Olímpicos parecem amaldiçoad­os desde o início. “Vivemos numa situação de pandemia, a vacinação está longe de cobrir a população, o sistema de saúde está a colapsar e a economia arrasada”, relatou-nos

“NÃO FAZ SENTIDO TER UM EVENTO DESTES, SE VAMOS VER TUDO PELA TELEVISÃO”, DISSE-NOS UMA RESIDENTE NA CIDADE

uma residente na capital nipónica, que pediu o anonimato. “Devido ao estado de emergência, temos de ficar em casa. Até 22 de agosto, os restaurant­es têm de fechar às 20 horas e não podem servir álcool. Quem visitar o Japão para os Jogos, tem de ficar no hotel ou na Aldeia Olímpica, sem autorizaçã­o para ir a lado nenhum. Desta maneira, não faz sentido ter um evento desta dimensão, já que nos vamos limitar a ver tudo pela televisão”, vincou ainda a mesma fonte, alertando também para “a onda de calor, com mais de 32 graus e humidade superior 70 por cento, condições muito difíceis para os atletas”.

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