Record (Portugal)

INÁCIO À PATRÃO

JOVEM OCUPOU LUGAR DE COATES E ABRIU CAMINHO PARA VITÓRIA SOBRE ANGERS (2-0)

- FILIPE ALEXANDRE DIAS

O prezado leitor está a ver o resultado? É bem mais simpático do que a exibição. Contudo, haja justiça e esta ressalva: o duelo do Sporting frente a um Angers de faca nos dentes revelou-se importante para Rúben Amorim tornar a examinar a equipa, repetir ideias (a de deslocar Tabata no meio é, de facto, interessan­te) e aferir a frescura física (ou falta dela…) de alguns elementos. Valeu pela relevância do teste em si e respetivas conclusões.

O Sporting apresentou um onze com ‘carinha’ de Supertaça, mas com nuances no alinhament­o: Max esteve na baliza de entrada, o que não deverá acontecer no programa oficial; Gonçalo Inácio jogou ao meio na linha de três centrais e Tabata reapareceu de início a jogar no tridente ofensivo, na direita. O leão fez-se bem ao duelo: teve posse e controlo, mas os franceses reagiram, encurtaram espaços e os lisboetas sentiram o sopro dos adversário­s no pescoço. Com as equipas no esquema-base de 3x4x3, mas com desdobrame­ntos diferentes, o Angers foi mais eficiente a anular. Os verdes e brancos eram travados entre a sua área e o meio-campo e aos 27’ e 28’ Cho testou a atenção de Max – aos 29’ o guardião brilhou mesmo a ‘tiraço’ de Alioui.

Sem rasgo nem progressão, o Sporting, procurava sobretudo não perder a posse. E foi assim, a circular jogo com paciência, que Paulinho (35’) fez o primeiro remate à baliza do Angers. A dupla de meio-campo Palhinha-Daniel Bragança simplesmen­te bloqueava e o nulo ao intervalo só acontecia por vontade das luvas de Maximiano.

No meio, a virtude

Para a segunda parte, Amorim operou mudanças (Adán ‘sentou’ rendeu Max; Nuno Santos rendeu Bragança). O jogo mudou e o Sporting ganhou ascendente, com maior e melhor aproximaçã­o ao último terço. Direito mas por linhas (bastante) tortas, o Sporting chegou ao golo numa confusão na área gaulesa após canto de Tabata, cuja deslocação para o meio, ‘empurrado’ pela entrada de Nuno Santos, voltou a surtir resultados na fluidez de jogo. O Angers também alterou o figurino e ameaçava sobretudo em esquemas de jogo, até que Taibi forçou finalmente Adán a mexer-se – aos 83’ o espanhol fez mesmo duas defesas no mesmo lance, evitando o 1-1. O resultado fechou-se aos 86’ – ingrato para os franceses que tornavam a mostrar-se -, com Paulinho a emendar a bola ao ferro de Nuno Santos. Agora, vem aí o Lyon, com os testes a apertarem, a exigência a subir e a Supertaça ali ao virar da esquina.

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MAX E ADÁN PROTEGERAM BEM AS REDES E GONÇALO INÁCIO ANDOU A FAZER DE COATES EM TUDO, ATÉ A FATURAR

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 ??  ?? GOLO. Gonçalo Inácio aproveitou lance confuso para fazer o primeiro
GOLO. Gonçalo Inácio aproveitou lance confuso para fazer o primeiro
 ??  ?? Tabata imprime dinâmica
Tabata imprime dinâmica

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