“Sporting está muito mais forte”
O técnico espera um “jogo difícil” mas lembra que o clube tem um outro ‘pedigree’
Rúben Amorim não tem dúvidas de que o Sporting “está muito mais forte” em relação à equipa que surpreendeu na última época. “Jogamos melhor e temos mais experiência”, garante o técnico que, todavia, na véspera da Supertaça frente ao Sp. Braga, em que se disputa o primeiro troféu da temporada, não muda o discurso: “É jogo a jogo.” O ensaio geral dos campeões nacionais para o duelo em Aveiro foi no Troféu Cinco Violinos, em Alvalade, diante do Ol. Lyon (3-2), um teste que o treinador faz questão de desvalorizar. “Será um jogo diferente”, assume, enumerando as diferenças: “O Sp. Braga conhece a forma de jogar do Sporting, vai tapar esses caminhos, e não nos vai deixar tanto no 1x1 como o Ol. Lyon, em que críamos muitas ocasiões e roubámos a bola quando os pressionávamos.
“O SP. BRAGA CRESCEU MUITO, MAS HÁ COISAS QUE DEMORAM MESMO MUITO A CONSTRUIR. MAS TUDO É POSSÍVEL... ”
Com o Sp. Braga será completamente diferente. Temos uma ideia de jogo que vamos manter e jogadores de muita qualidade na frente. Temos à disposição várias opções, e podemos mudar a meio do jogo.” Em relação ao adversário, o antigo internacional português não tem dúvidas que se trata de uma equipa com capacidade de “vencer qualquer jogo na Liga Bwin” , mas admite que ainda há uma diferença de estatuto, apesar do crescimento registado pelo clube minhoto nos últimos anos. “Não tem a mesma história que os três grandes, não tem o mesmo ‘pedigree’. É algo que demora anos a construir. O Sp. Braga cresceu muito, mas há coisas que demoram mesmo muito tempo a construir. De qualquer forma tudo é possível, já o vimos em outros campeonatos. Há que ter em conta o Sp. Braga em todos os jogos”, adverte.
“JOÃO MÁRIO? BRAGANÇA POSSUI ESSAS CARACTERÍSTICAS. O MATHEUS NUNES É DIFERENTE, MAIS RÁPIDO E MAIS FORTE”
Diferenças no meio-campo
Assegurando que, atualmente, tem o plantel desejado, Rúben Amorim admite que o meio-campo será diferente, e até aponta as distintas características dos médios à disposição que poderão substituir João Mário. “[O João Mário] tem uma experiência diferente pois já tem vários anos de alto nível. Segura muito bem a bola e não a perde. Mas depois ficámos com um jogador como o Bragança que possui claramente essas características. Tem um talento enorme e uma margem de crescimento muito grande. Depois há o Matheus [Nunes], que é completamente diferente pois é mais rápido e mais forte, consegue jogar entrelinhas e, quando recebe a bola, arranca e consegue ir no espaço”, assinala, sem esquecer a adaptação de Tabata, que a despeito de estar rotinado nas alas tem tido novas funções: “Pode jogar ali ou como nº 10. É o nosso melhor jogador entrelinhas a jogar de costas para a baliza.”
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