CASTIGO MÁXIMO À INEFICÁCIA DO GALO
Castores marcaram contra a corrente , mas depois foi preciso saber sofrer até aos penáltis
Não garantiu o apuramento quem fez mais pela vida ao longo dos 90 minutos, nem o desenrolar deixava antever o recurso ao desempate por penáltis para apurar um vencedor, mas o preço do futebol são sempre os golos e aí a eficácia dos galos mediu-se à mesma imagem da fraca produção dos castores. Contas feitas, o Paços de Ferreira nunca soube lidar muito bem com a amplitude inicial da estrutura gilista, mas lá foi conseguindo resistir ao ritmo desenfreado de um adversário mais oleado e segurar o nulo até ao descanso.
Período em jeito de alívio para a formação de Jorge Simão, mas também de descompressão no balneário gilista, principalmente pela falta de concentração que a equipa revelou logo no reatamento e que permitiu a Denilson tempo e espaço para abrir o marcador na sequência de uma assistência açucarada de Lucas Silva após uma bola em profundidade que apanhou o bloco defensivo gilista desprevenido. Golpe contra a corrente a premiar o primeiro remate enquadrado dos castores. Argumento à medida da toada de assalto que o Gil Vicente assumiu, sem pruridos, com a ideia de tirar proveito da rotação mais elevada para diluir o resultado a todo o custo. O ponto de equilíbrio estabelecido pouco depois por Bilel, com uma finalização fácil após um bom centro de Fujimoto, conferiu alguma justiça ao sabor da iniciativa e galvanizou os galos para uma reta final de pressão. Caudal suficiente para limitar ainda mais a mobilidade de um Paços de Ferreira já revigorado com as cinco alterações, mas também inconsequente, dado que os vários movimentos de ataque não só nunca mais desequilibraram o bloco pacense como não encontraram o discernimento necessário para impedir o inglório desempate por penáltis.
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NOTÓRIA DIFERENÇA DE ANDAMENTO GILISTA CHEGOU PARA DOMINAR O JOGO, MAS NÃO TEVE REFLEXOS PRÁTICOS